O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro determinou uma alteração no benefício do Bilhete Único Intermunicipal, antes o benefício era destinado a trabalhadores que ganhavam até R$ 7.507,49, após essa medida valerá para os que tem renda mensal até 3.205,20.
Gustavo Reis | São Gonçalo (RJ)
BRASIL – Desde o último dia 12, os novos cadastrados do Bilhete Único já estarão sobre o novo teto de renda mensal, enquanto os outros trabalhadores vão passar por uma mudança gradual no benefício. O Bilhete Único Intermunicipal é válido nas tarifas dos transportes públicos do Estado do Rio de Janeiro (ônibus municipais e intermunicipais, barcas, vans legalizadas, metrôs, BRTs e VLT) com a integração entre duas conduções sendo no máximo R$ 8,55 e tarifa social do metrô R$ 5,00.
Com essa nova mudança, os trabalhadores que residem em cidades mais afastadas, devido a alta especulação imobiliária que ocorre nos centros onde se concentram as empresas, terão que tirar de seu salário uma quantia considerável para pagar o próprio transporte e conseguir se manter no trabalho. A justiça, sem conversar com a sociedade para discutir o tema, coloca em prática uma medida autoritária e que joga nas costas do povo – mais uma vez – a essa conta.
Enquanto isso, apesar de diversos aumentos nas tarifas, cortes de benefícios etc., o que vemos são os transportes públicos cada vez mais precarizados, sem investimentos reais que facilitem a mobilidade urbana dos trabalhadores e péssimas condições de trabalho aos que prestam serviço a essas empresas de transporte.
É de extrema importância a luta por direito a um transporte gratuito e eficiente para a população. Afinal, um transporte público não deve garantir lucros a Capitalistas donos de empresa de ônibus e outros meios de transporte, como vemos a privatização em diversos setores da área, e sim atender a população nessa pauta fundamental, que é a mobilidade urbana.
Absurdo isto!
Pagamos caro por transporte precário, atrasos, falta de condições de uso de todos os modais e a justiça mais uma vez prejudica os trabalhadores que tanto precisam deste benefício.
Sugiro que a justiça também análise as condições do serviço precário prestado para constatar se é devido o valor cobrado pelas passagens nestes modais.
Concordo! Aqui em Maricá para ir para o Rio a tarifa inteira é 28,00. Uma pessoa que paga prestações de casa, colégio de filhos, além de todos os descontos de salários, fica em uma situação difícil, aí vai comprar carro ou moto por desespero, aumento de trânsito, acidentes e tudo mais. Muito triste, além das empresas começarem a discriminar os moradores da região metropolitana.