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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Estudantes realizam ato contra o assédio no Departamento de Geofísica da UFRN

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Continuando sua campanha de lutas contra o assédio na UFRN, o Movimento de Mulheres Olga Benario, juntamente com o Movimento Correnteza, realizou um ato para cobrar justiça pelos diversos assédios que ocorrem no departamento de Geofísica.

Kivia Moreira | Natal


No dia 15 de agosto, o Movimento de Mulheres Olga Benario e o Movimento Correnteza organizaram um ato com mais de 40 os estudantes e com o Centro Acadêmico de Geofísica (CAGF) contra o assédio no Departamento de Geofísica.

Isso é fruto de diversas denúncias realizadas pelos estudantes do departamento, especialmente contra um professor efetivo que há anos comete assédios morais e sexuais contra os estudantes e nada ocorre com ele. 

Ao iniciar o ato, a representante do CAGF leu uma carta de denúncias e reivindicações destinadas ao Departamento e também à UFRN. Uma das reivindicações é a realização de um concurso público para haver mais opção de docentes. Além disso, também foi pautada a importância da construção de uma sala lilás para atender mulheres vítimas de violência na universidade.

Logo após, os estudantes e movimentos ocuparam o Departamento de Geofísica com palavras de ordem pelo fim do assédio sexual e moral dentro das universidades.

Estudantes contra o assédio fazendo intervenções em frente ao departamento de Geofísica. Foto: Jornal A Verdade/RN

De acordo com Mariana Loise, coordenadora estadual do Movimento Olga Benario, “Hoje, a UFRN não possui políticas efetivas de permanência das mulheres na universidade. Os assediadores continuam dando aula e as vítimas precisam trancar os cursos para não conviver com o agressor.”.

Uma estudante do departamento, ao iniciar sua fala, afirma “Eu pensei bastante antes de vir aqui. Mas não podemos ter medo de dizer as coisas e denunciar o que está acontecendo.”. É fundamental atos e mobilizações realizados pelos movimentos para dar força e coragem às vítimas e aos estudantes para denunciar suas condições, especialmente para não naturalizar que agressões ocorram na universidade e para que não acreditem que é impossível mudar essa realidade.

Ano passado, foram realizados outros atos contra o assédio puxados pelos estudantes também noticiados pelo A Verdade.

O Movimento de Mulheres Olga Benario e o Movimento Correnteza continuarão organizando mais atos e mobilizações contra o assédio nas universidades e não irão descansar até que as estudantes mulheres possam estudar em paz.

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