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domingo, 28 de abril de 2024

Terremoto em Marrocos causa milhares de mortes

Uma catástrofe abalou o país do Norte da África durante a noite do dia 8 de setembro. Pessoas pobres são as mais atingidas pela tragédia.

Katharina da Silva | Vienna, Áustria


O terremoto de magnitude 6,8 ocorreu na noite da sexta-feira, causando pânico em diversas cidades e aldeias do país. Vários edifícios foram destruídos e monumentos culturais famosos foram danificados em áreas desde as Montanhas Atlas até ao centro histórico de Marraquexe. Era o mais forte terremoto registrado para a região há mais que um século.

O epicentro foi a uns 70 quilômetros a sudoeste de Marraquexe, no centro do Marrocos. O sismo foi sentido num raio de 400 quilómetros, como disse Nasser Jabour do Instituto Nacional de Geofísica à agência de notícias marroquina MAP. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 300.000 pessoas foram afetadas pelo terremoto.

Segundo as autoridades marroquinas, o número de mortes chegou a mais de 2800 no final do dia 11 de setembro. Pelo menos mais de 2,5 mil pessoas ficaram feridas, mais da metade delas gravemente. No domingo pela manhã foi registrado um tremor secundário. Centenas de pessoas ainda estavam desaparecidas no domingo, como comunicou o canal de notícias Al-Arabiya. 

A extensão total da catástrofe ainda é imprevisível

Após o grave terremoto, a busca por sobreviventes se mostra difícil e as equipes de resgate enfrentam grandes desafios. “Algumas áreas mais afetadas são bastante remotas e montanhosas e, portanto, de difícil acesso” afirmou a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho num comunicado. Dado que terremotos ocorrem raramente no Norte da África, muitos edifícios não são construídos de forma robusta suficiente para resistir a tremores tão fortes. 

Segundo relatos de testemunhas, o terremoto causou pânico entre os moradores de Marraquexe, Agadir e outras cidades. Vários deles publicaram vídeos mostrando edifícios reduzidos a escombros e partes danificadas das famosas muralhas vermelhas que cercam a Cidade Velha de Marraquexe, património mundial da Unesco.

Muitas pessoas cavaram os escombros com as próprias mãos em busca de vítimas enterradas. A famosa praça Djema El-Fna, onde músicos e comerciantes costumam entreter os visitantes, se tornou um lugar para muitos dormirem ao ar live – por medo de tremores secundários.

As pessoas pobres são as mais afetadas

As zonas rurais entre Marraquexe e Agadir parecem ser as mais atingidas. As pessoas estão pedindo ajuda online, dizendo que seus parentes ainda estão enterrados sob os escombros.

Na aldeia de Amizmiz, 60 quilómetros a sul de Marraquexe, uma tenda improvisada foi erguida: postes de madeira com uma lona sob os quais cerca de 30 pessoas – a maioria mulheres e crianças – se escondem do sol.

Ao lado da tenda se encontra uma mulher que descreve a situação a uma revista online marroquina assim: “As crianças estão agora sem abrigo, as pessoas não têm onde viver, as casas desabaram. A população aqui é pobre, olhem ao redor. Tudo está quebrado, as pessoas já estão esvaziando suas casas e também há perdas humanas. Tem lugares que estão completamente destruídos. Tem gente que não tem o que comer. Tem pessoas pobres que são muito afetadas.”

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