Manifestação no Rio reúne milhares dezenas de categorias e estudantes contra as privatizações e por mais investimentos nos serviços públicos. Ato ocorre no dia em que a classe trabalhadora celebra os 70 anos de fundação da Petrobras.
Felipe Annunziata | Redação
TRABALHADORES – Na tarde de hoje (03), milhares de trabalhadores e estudantes saíram às ruas da capital fluminense para protestar contra as privatizações e a favor dos serviços públicos. A data foi escolhida também para celebrar os 70 anos de fundação da Petrobras, estatal fundada pela classe operária brasileira e que vem sendo vítima de anos de políticas de privatização e desinvestimento.
Tendo a frente a categoria dos petroleiros, o ato foi acompanhado pela paralisação de diversas categorias no estado. Técnicos administrativos e docentes de universidades como a UFF e a UFRJ paralisaram as atividades. Eles foram acompanhados por profissionais da educação do Colégio Pedro II e dos institutos federais.
Também estiveram presentes diversas categorias, como os moedeiros e trabalhadores da Eletrobras, além do movimento estudantil. A manifestação contou com uma forte presença de militantes de movimentos sociais e partidos políticos de esquerda, principalmente da Unidade Popular, que esteve presente com seu presidente nacional, Leonardo Péricles.
“Para derrotar essa turma da extrema-direita, o fascismo, esse falso Centrão, que é um bando de corrupto nunca vamos ter maioria no Congresso Nacional, mas nas ruas podemos ter maioria e é desse jeito que nós temos que fazer a governabilidade no Brasil, ocupando as ruas.”, disse o presidente da UP.
Dia de mobilização da classe trabalhadora no Brasil
A manifestação em defesa das estatais e dos serviços públicos ocorre ao mesmo tempo em que aconteceu importantes greves e mobilizações no país, principalmente no estado de São Paulo.
Metroviários da CPTM e do Metrô paulista e operários da Sabesp entraram em greve contra a privatização das estatais dos serviços de água, esgoto e transporte. Além deles, operários da Embraer em São José dos Campos também fizeram uma greve parcial por melhores salários.
Os atos de hoje mostram que é possível e necessária a mobilização dos trabalhadores no país. Sem um real enfrentamento à política neoliberal dos governos e da burguesia não será possível barrar os retrocessos como as privatizações.
Mesmo com toda imprensa burguesa falando contra as manifestações e greves, a maioria do povo vem repetidamente se posicionando contra esta política privatista que entrega nossas riquezas e submete o povo a serviços públicos de baixa qualidade. As mobilização deste 3 outubro reafirmam esta posição.