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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Movimento Correnteza participa pela 1ª vez do Congresso da União Catarinense dos Estudantes

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Nos dias 25 e 26 de novembro ocorreu, em Criciúma, o 41° Congresso da União Catarinense dos Estudantes (CONUCE), espaço de debate e deliberação máximo do movimento estudantil catarinense, e o primeiro ocorrido em formato presencial desde 2019.

Bia de Assis | Florianópolis


No último mês de novembro, o Movimento Correnteza participou, pela primeira vez, do Congresso da União Catarinense dos Estudantes, a UCE. A participação se deu com a presença de delegados e apresentando tese com a Oposição de Esquerda. 

A bancada contou com estudantes de universidades públicas, privadas e comunitárias, que participaram ativamente dos debates apresentando a linha política e propostas do Movimento. 

Por ser a primeira vez participando do Congresso da UCE, era esperado um certo desconhecimento sobre seu funcionamento. O que se viu foram processos que ocorreram de maneira burocrática e confusa. Para além disso, o principal desafio esteve devido à falta de divulgação das informações, por parte dos movimentos organizadores do congresso. 

Sabe-se que essa prática de divulgações nubladas e em cima do tempo são parte da política das forças majoritárias na entidade, pensada para a manutenção das mesmas organizações na direção. O resultado disso é uma UCE afastada das entidades de gerais e de base, e desconhecida pelos estudantes. 

Defender os estudantes e o acesso à educação

A estudante de Ciências Sociais, da Universidade Federal de Santa Catarina, Maria Isabel, trouxe em sua defesa da tese a situação da juventude, que hoje enfrenta a falta de perspectiva. Muitos jovens hoje não conseguem acessas as Universidades. A maioria dos prestam os vestibulares não conseguem uma vaga em universidade pública. Essa situação é agravada tendo em curso o Arcabouço Fiscal, que limita os investimentos para a educação enquanto o dinheiro público vai para o bolso dos banqueiros.

João Rio, estudante de Letras na UFSC, resgatou a importância histórica do movimento estudantil: “muitos estudantes lutaram e foram presos durante a ditadura militar para que esses espaços políticos como esse fossem possíveis”. Já Bia de Assis, também estudante de Ciências Sociais da UFSC, denunciou a ausência dos debates sobre o Dia Internacional de Combate a Violência Contra a Mulher, que ocorreu no primeiro dia do congresso, além da falta de preparo da organização do evento para receber estudantes com deficiência.

Movimento Correnteza resgata a importância histórica do Movimento Estudantil em defesa de tese. Foto: @pfsccs e @luccasgon

De maneira geral, o que o Movimento Correnteza defende é a necessidade urgente de uma UCE presente nas lutas protagonizadas pelo movimento estudantil catarinense. 

No estado de Santa Catarina a educação pública se encontra ameaçada. Ainda mais complicada é a situação dos estudantes pobres. 

O restaurante Universitário da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), que deveria ser a principal política de permanência para os estudantes de baixa renda, funciona com o alto custo de R$10,89, fazendo com que o estudante precise desembolsar R$435,60 por mês para almoçar e jantar. Além disso, a UDESC não possui moradia estudantil em nenhum dos campi. 

No entanto, o governador fascista Jorginho Mello (PL) fecha os olhos para essa situação e sanciona o projeto “Universidade Gratuita”, que condiciona estudantes de baixa renda de universidades comunitárias a trabalharem de graça em troca de uma vaga, sem nenhuma política de permanência ou auxílio que realmente contribua com a universalização da educação.

Desse modo, é extremamente urgente avançar na construção das lutas contra o projeto de privatização das universidades e em defesa de políticas de permanência efetivas para os filhos da classe trabalhadora.

Unir a juventude para derrotar o fascismo em Santa Catarina 

Assim, a primeira participação do Movimento Correnteza no Congresso da UCE foi vitoriosa. A participação nesses espaços é essencial pois forma a militância, que se debruça mais sobre a conjuntura local, a história do movimento estudantil e das entidades que o constroem.

Portanto, é papel de cada militante do Movimento Correnteza politizar os espaços em que estiver e disputar a consciência de cada estudante para a construção de um Movimento Estudantil combativo.

 

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