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domingo, 28 de abril de 2024

Movimentos fortalecem luta contra privatização da Sabesp e pela libertação de Hendryll e Lucas

Movimentos sociais e organizações políticas realizaram ato nesta sexta (08), em Guarulhos (SP). Após o ato, lideranças populares foram para o Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto de SP (SINTAEMA), onde realizaram uma reunião para discutir a luta pela liberdade de Lucas e Hendryll e contra a privatização da SABESP.

Redação


BRASIL – Após a decretação da prisão provisória de Lucas Carvente e Hendryll Luiz por lutarem contra a privatização da água e esgoto, centenas de militantes se reuniram em frente ao Centro de Detenção Provisória de Guarulhos (SP), no fim da tarde de hoje (8). Os dois manifestantes foram enviados ao CDP de Guarulhos por uma decisão arbitrária do judiciário para tentar desmobilizar a campanha de solidariedade.

O ato contou com a presença de Vivian Mendes e Ricardo Senese, que também estavam presos até ontem. Após a manifestação, todos se dirigiram ao Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente, na capital paulista, para se reunir e debater a luta de solidariedade aos presos políticos e contra a privatização da SABESP.

Segundo os advogados dos movimentos sociais, os dois presos estão bem e estão bem de espírito e conseguiram ter acesso a livros e ao próprio Jornal A Verdade, que os dois constroem no dia a dia da militância em São Paulo. Jorge Ferreira, um dos defensores dos militantes, afirmou que “eles estão desde o primeiro minuto que chegaram aqui com a cabeça em pé, mesmo sem ter noção da movimentação do lado de fora da cadeia.”

Manifestação reuniu centenas de pessoas em solidariedade a Hendryll e Lucas no CDP de Guarulhos (SP). Foto: JAV-SP

Tarcísio quer privatizar a SABESP para agradar bilionários

O objetivo do governo de São Paulo e do judiciário com a manutenção da prisão dos dois militantes é tentar criminalizar a luta contra a privatização dos serviços de água e esgoto em São Paulo. O governador fascista Tarcísio de Freitas (Republicanos) usa a repressão à oposição para tentar intimidar os movimentos sociais e partidos políticos que são contra as privatizações.

No entanto, a solidariedade que os que lutam contra a privatização da SABESP tem vindo de várias partes do país e do mundo. A manifestação de hoje contou com presença de parlamentares e ativistas de direitos humanos, além das organizações que chamaram o ato. Entre eles, estavam Ediane Maria, deputada estadual pelo PSOL e militante do MTST, Chavoso da USP, a presidenta da UNE, Manuella Mirella, e movimentos como o Coletivo Juntos!, a juventude Fogo no Pavio, Coletivo Soberana e a UJC, entre outros movimentos.

Estudantes decidem acampar em frente ao presídio

As lideranças estudantis presentes no ato convocaram uma assembleia em que decidiram a organização de um acampamento permanente dos estudantes em solidariedade. Segundo Isis Mustafá, diretora da UNE, “os estudantes só sairão daqui com nossos companheiros libertados”.

Agora, as lideranças do movimento buscam ampliar a repercussão e a mobilização contra a privatização de um bem fundamental que é a água em SP. Mesmo tendo aprovado a privatização na base de cassetete e gás lacrimogêneo, a ALESP cometeu várias ilegalidades, o que poderá levar a anulação da própria sessão de quarta-feira.

Por isso, a orientação que os que lutam contra a privatização vem reafirmando é a manutenção das mobilizações de rua até conquistar a liberdade de Hendryll e Lucas e barrar a privatização da SABESP.

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1 COMENTÁRIO

  1. Uma pequena parte da população brasileira tem consciência política da importância que o povo tem quando se unem para proteger aquilo que é do bem-comum. A maioria não se mobiliza porque não se vê como dona daquilo que é público. Isso vem do descaso histórico com as classes sociais de menor poder econômico, ou seja, educação, saúde e habitação sempre foi e continua sendo pauta de lutas para obtenção e manutenção de direitos; juntemos a isso os preconceitos de cor, gênero etc.
    Já houve avanços consideráveis, hoje a situação social melhorou, mas enquanto existir governos que priorizem interesses de alguns segmentos econômicos em detrimento do bem comum, a luta por menos injustiça estará sempre presente. A sociedade é assim…movida por interesses de classes e os conflitos são inevitáveis.

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