UJR realiza no Rio de Janeiro debate a respeito do filme “A Revolução não será televisionada”, do papel da mídia popular para a organização da juventude e da necessidade de fortalecê-la
Matheus Travassos | Rio de Janeiro
No último domingo (04), a UJR reuniu parte de sua militância da capital para uma atividade geral de formação, assistindo o filme “A Revolução não será televisionada”, no qual uma dupla de irlandeses vai à Venezuela no intuito de fazer uma biografia de Hugo Chávez, mas se deparam com um golpe de estado. Tudo, a partir daí, começa a ser documentado.
Além de ressaltarem o caráter de agitação e propaganda do partido bolivariano, as falas dos camaradas destacaram o importante trabalho de massas, fundamental para a manutenção e a realização do contra-golpe por parte dos chavistas em 2002, e o trabalho de educação popular promovido pelo partido naquele momento: grande parte do povo sabia o que era e defendia a constituição, um exemplo que é destacado no filme.
Para além disso, foi ressaltada a importância da comunicação, através do canal 8 – canal estatal no qual o presidente fazia suas conversas com a população venezuelana – e nas conversas com repórteres locais, visando sempre contrapor a narrativa da mídia golpista hegemônica e comunicar os feitos do governo de Chávez.
Nesse sentido, durante o debate, a militância discutiu também sobre o uso das redes sociais e outras formas de comunicação, mas principalmente o uso do Jornal A Verdade nos nossos locais de atuação, trabalho, moradia e estudo. Essa iniciativa é fundamental para alcançar sempre mais pessoas com essa mídia popular e revolucionária, para recrutar mais jovens para ingressar na UJR, aprofundar as denúncias contra o sistema capitalista e criar cada vez mais as condições subjetivas para o processo revolucionário em nosso país. É dever de todo militante da UJR reforçar as brigadas de terça-feira, organizar suas prestações de contas e sua convocação, planejar banquinhas com livros das edições Manoel Lisboa em cada grêmio, universidade ou sindicato.
Devemos empreender uma agitação e propaganda revolucionária, digna de elevar a outro nível todo o trabalho de massa que construímos cotidianamente, reforçar e ampliar nossas relações nos espaços e ganhar todo o povo para os ideais marxistas. Só assim, com cada militante empreendendo um trabalho revolucionário, criaremos as condições para libertar o povo desse regime de fome, miséria e violência.
Não pode haver e nunca haverá mídia ou exército capaz de parar o povo organizado ao lado de um partido de vanguarda. O exército burguês pode e deve ser destruído, a mídia hegemônica desarticulada pela mídia popular e a democracia burguesa destronada pelo governo revolucionário dos trabalhadores. Não é um sonho impossível, mas sim um processo árduo – assim como é demonstrado no livro “o Ministro Che Guevara” – e cientificamente comprovado.