UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sábado, 27 de julho de 2024

Investigação da PF prova que Abin espionou milhares de pessoas durante Governo Bolsonaro

Ao longo do governo do fascista Jair Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) espionou milhares de opositores políticos do governo genocida. Os espiões teriam ligações com Israel. Alexandre Ramagem (atualmente deputado federal), era o chefe do esquema.

Felipe Annunziata e Igor Marques | Redação RJ


BRASIL – A Polícia Federal deflagrou, na manhã do último dia 25, uma operação contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A suspeita é que ele liderou um esquema de espionagem de opositores políticos de Bolsonaro enquanto foi Diretor Geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Além de Ramagem, outros policiais federais e ex-oficiais da Abin foram alvos de busca e apreensão.

Os suspeitos teriam usado softwares de espionagem de celulares e computadores. Seriam programas importados do Estado terrorista de Israel, que também armazenava os dados. Além disso, a suposta quadrilha usava drones e outros materiais da agência para monitorar opositores políticos, como deputados e até governadores, e lideranças dos movimentos sociais. 

O uso do sistema de inteligência do Estado brasileiro não é novidade na história. Na ditadura militar fascista (1964-1985), foi criado o Serviço Nacional de Informações (SNI), que monitorava revolucionários e democratas que lutava contra o regime ditatorial. O que os comparsas de Bolsonaro fizeram foi só repetir o repertório dos militares fascistas. 

Ramagem foi escolhido a dedo pelo ex-presidente fascista. Ele é aliado de longa data da família Bolsonaro. Antes o fascista já tinha tentado colocá-lo na diretoria-geral da Polícia Federal (Ramagem foi delegado da PF). O deputado federal foi segurança de Bolsonaro na campanha de 2018, quando se aproximou da família suspeita de envolvimento com as milícias do Rio de Janeiro. 

A investigação da PF mostra que a Abin foi usada também para ajudar Bolsonaro e seus filhos criminosos a se safarem da justiça. Os programas de espionagem teriam sido utilizados para obter informações que ajudassem os Bolsonaros a invalidar provas ou atrapalhar processos dos quais eram alvos. 

O esquema de espionagem tentou obter informações até sobre a investigação sobre o assassinato da vereadora socialista Marielle Franco, executada em 2018. Segundo a PF, a procuradora Simone Sibilio foi monitorada pela estrutura paralela criada na Abin.

Escândalo da espionagem expõe domínio da burguesia sobre redes digitais

O escândalo de espionagem revelado hoje mostra como o Estado burguês detém o controle das informações que circulam nos meios eletrônicos e nas redes digitais. Se até governadores, como o atual ministro Camilo Santana (PT-CE), foram espionados, o que dirá daqueles que lutam contra a exploração capitalista ou se revoltam contra injustiças.

O fato dos programas usados pela suposta quadrilha terem dados armazenados em Israel mostra outra faceta desta questão. Afinal, as informações colhidas com a espionagem ficam sob domínio de um Estado estrangeiro, sendo usada não só em proveito dos fascistas brasileiros, mas também do imperialismo mundial.

Os resultados da operação mostram como o fascismo precisa ser derrotado definitivamente no nosso país. Afinal, fica evidente como o fascismo atuou para reprimir aqueles que se opunham às suas medidas. Se em 4 anos de governo genocida Bolsonaro conseguiu tomar a Abin para seus propósitos, imaginemos eles com o poder total sobre o Estado, o que tentaram fazer em 08 de janeiro de 2023.

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes