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sábado, 23 de novembro de 2024

20 mil protestam na ALEP contra privatização das escolas no Paraná

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Dezenas de milhares de trabalhadores da educação, estudantes e pais se manifestaram na Assembleia Legislativa para denunciar o PL 345/2024, que prevê a privatização das escolas no Paraná. Acovardados, deputados da base do governo fascista de Ratinho Jr votaram de forma online a aprovação do projeto.

Redação Paraná


TRABALHADOR UNIDO –  Nesta segunda-feira (3/6), mais de 20 mil pessoas tomaram as ruas de Curitiba (PR) contra um projeto de lei que promove a privatização das escolas no Paraná. De autoria do governador Ratinho Júnior (PSD), o PL 345/2024 terceiriza a gestão de escolas estaduais para empresas e foi aprovado hoje em 1º turno em uma votação conduzida de forma arbitrária no Poder Legislativo estadual.

O programa a ser criado pela lei, que leva o nome de “Parceiros da Escola”, entregará a gestão de pelo menos 200 escolas para a iniciativa privada. Ele também define que os funcionários das escolas privatizadas deverão subordinar-se aos planos e orientações definidos pelos empresários, submetendo a educação à lógica empresarial de obtenção do lucro.

Deputados da oposição chegaram a impetrar um mandado de segurança na Justiça contra o PL, denunciando que não há qualquer previsão orçamentária e muito menos justificativa para que o projeto tramite com urgência na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP). “Mais uma vez, o governo de Ratinho Jr. parte para o ataque contra a educação pública. Depois da militarização, da desvalorização salarial do funcionalismo e do fechamento de escolas do ensino noturno, o alvo agora é a gestão das escolas”, critica a deputada Ana Júlia Ribeiro (PT).

Por sua vez, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) alerta para o fato de que o programa prevê interferência das empresas na parte pedagógica do ensino, acaba com as eleições para diretores de escolas e ainda submete os servidores do Estado às ordens de empresários. “Para a APP-Sindicato, essa ingerência pode provocar fraudes nos indicadores das escolas e dos(as) alunos(as), já que o governo promete aumentar a transferência de dinheiro da educação para as empresas que atingirem determinadas metas”, posiciona-se em seu site.

A mobilização popular desta segunda começou com a deflagração de uma greve dos educadores estaduais na capital e em todo o Estado. Mesmo com a suspensão da paralisação, ordenada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) em uma tentativa de enfraquecer a mobilização, dezenas de milhares de educadores, estudantes e pais caminharam em manifestação até a ALEP, onde foram recebidos por agentes da Polícia Militar que utilizaram bombas de gás lacrimogêneo e deixaram diversas pessoas feridas. Um homem de 24 anos e uma mulher de 23 anos tiveram que ser encaminhados ao hospital, segundo o Corpo de Bombeiros.

Acuados pela luta popular, os deputados serviçais do fascista Ratinho Júnior decidiram promover a sessão legislativa de forma online para não ter que olhar o povo trabalhador nos olhos ao votar um projeto que vende o ensino público. Sob palavras de ordem de “A nossa luta é todo dia, educação não é mercadoria!” e “Fora Ratinho!”, a votação se concluiu com 39 votos favoráveis e 12 contrários ao projeto. O PL da privatização das escolas no Paraná segue agora para consulta pública.

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