Trabalho “contínuo, sistemático e diário” nos postos e estações da Sabesp em São Paulo tem dado resultados para a UP e o MLC. Brigadas, panfletagens e reuniões com leitura do jornal A Verdade estimulam a organização dos trabalhadores da empresa
Sérgio Henrique | São Paulo (SP)
Há duas semanas, em um polo da Sabesp, fizemos uma reunião com os trabalhadores para apresentar nossa corrente sindical, o Movimento Luta de Classes (MLC), e nosso partido político, a Unidade Popular (UP). Nessa estação da estatal de saneamento paulista, grande parte dos trabalhadores já nos conheciam por conta das atividades que realizamos ali durante as greves da categoria, onde participamos dos piquetes e reuniões setoriais, além de fazer brigadas do jornal A Verdade e panfletagens. Como fruto desse trabalho, atualmente temos 3 trabalhadores que são filiados à UP no polo.
Entretanto, vimos que era necessário estreitar a relação com esses trabalhadores para debater mais profundamente a UP e a MLC. Marcamos uma apresentação, onde conversamos sobre a importância e a urgência da organização dos trabalhadores no processo de construção de uma sociedade livre da exploração, uma sociedade socialista. Desse encontro, saímos com um grupo de mensagens para nos comunicarmos e duas propostas aprovadas: a organização de uma reunião a cada 15 dias, 30 minutos antes do início do expediente; e a criação de um núcleo do MLC da Sabesp na Zona Sul de São Paulo.
Hoje, fizemos a primeira dessas reuniões, onde levamos a edição nº 294 do jornal A Verdade e lemos coletivamente o editorial: “Ricos e seus governos querem privatizar tudo”. Antes da leitura, conversamos sobre o papel dos sindicatos como poderosos instrumentos de luta na mão dos trabalhadores. Também foi apresentado que, muitas vezes, as direções sindicais optam por uma política de conciliação e de não-enfrentamento que resulta no afastamento de muitos trabalhadores das lutas.
O editorial do jornal reforçou o caráter político da sociedade em que vivemos, onde os ricos cada vez mais tentam se apropriar do que é do povo e, como consequência dessa ganância, as condições de vida dos trabalhadores estão cada vez mais precárias. Por isso, aponta o editorial, a nossa única saída é organizar a classe trabalhadora para resistir aos mais duros golpes da burguesia.
No debate, falamos sobre o recente exemplo da tentativa de golpe militar na Bolívia, e um dos nossos camaradas presentes ressaltou os reais interesses imperialistas por trás do golpe, como a busca dos EUA pelas riquezas do solo boliviano. Também se apontou que quem impediu a concretização do golpe foi a classe trabalhadora organizada e que, com essa organização, ela também é capaz de prontamente investir todas as suas forças na luta contra a classe dominante da sociedade capitalista.
Seguimos com nosso plano de reuniões. A próxima já está confirmada para daqui a 15 dias. Paralelamente, estamos levando nossas brigadas para outros polos da Sabesp na região. Ao conquistar a confiança dos trabalhadores em nossa linha política, o saldo político já está aparecendo: temos conseguido ampliar a nossa atuação, criar novas relações e trazer mais valiosos companheiros e companheiras para as nossas fileiras.