O Jornal é uma ferramenta militante dos revolucionários

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O jornal A Verdade trás, em suas notícias e artigos, não apenas os fatos isoladamente, mas através da interpretação da teoria marxista-leninista. Denuncia o

J. H. Melman e Redação | Rio de Janeiro – RJ


O jornal A Verdade é uma publicação impressa, quinzenal. Isso provoca uma renovação periódica do esforço da militância para fazer agitação e propaganda junto ao povo, especialmente nas chamadas brigadas. A cada nova edição, ocorre uma nova “rodada de conversas”, sobre os posicionamentos do Partido com a militância e com a população.

Aos brigadistas, cabe apresentar o Jornal e ouvir os trabalhadores, suas opiniões e demandas. Essas demandas podem gerar novas lutas e mais pessoas podem se somar aos núcleos de base. A partir daí, podem enviar denúncias e artigos para o Jornal. Ou seja, a informação flui nos dois sentidos de comunicação.

A Verdade é um jornal de caráter político, revolucionário. Suas notícias e artigos trazem não são só os fatos em si, mas os interpretam à luz da teoria marxista-leninista. Denunciam as contradições do sistema capitalista e apontam a construção da sociedade socialista como saída real para a classe trabalhadora. Assim, as edições impressas do Jornal não “envelhecem” rapidamente. Experimente pegar uma edição mais antiga, de seis meses ou um ano atrás. Muitas das matérias ainda servirão como denúncia, mesmo para casos mais recentes ou para uma determinada situação que ainda persiste.

E já que é um jornal proletário, A Verdade precisa se manter pelos esforços de seus militantes e leitores. Ser um jornal autofinanciado garante a liberdade para enfrentar e fazer denúncias sobre grandes grupos econômicos e seus interesses contrários aos da classe trabalhadora. O valor arrecadado com as vendas de uma edição financia as edições futuras. Contribuições extras são sempre bem-vindas e devem ser encorajadas e buscadas ativamente.

Esses recursos, junto com o esforço de distribuição, controle, circulação e debate permitirão assegurar a continuidade e a ampliação do alcance do Jornal, o que já vem acontecendo. Nos últimos dois anos, triplicamos nossa tiragem e seguimos fortes para alcançar novas metas em vistas do aniversário de 25 anos do Jornal, no próximo mês de dezembro.

Ferramenta de trabalho do militante

Um militante deve ter sempre um exemplar do Jornal à mão. O Jornal serve para abrir uma conversa, para estimular o interesse e a aproximação de pessoas que venham conversar sobre o Partido e os movimentos. Os casos são os mais diversos. Um exemplo: um militante vai fazer uma panfletagem em um determinado local para chamar para uma manifestação e a conversa sobre o assunto se desenvolve. A partir deste assunto, facilmente pode-se oferecer o Jornal. E, mesmo que essa pessoa não o compre, se o militante estiver com um exemplar à mão, o Partido, os movimentos, nossa política, poderão ser apresentados com mais qualidade. Vai ficar claro que há um forte trabalho apoiando aquele militante, apoiando a manifestação.

Outro exemplo é o caso das brigadas casadas com a campanha eleitoral das candidaturas revolucionárias da Unidade Popular (UP), nestas eleições municipais. Ao entregar um panfleto, ao agitar numa caixa de som, cada militante deve também se esforçar para a ampliar a discussão e oferecer o Jornal.

Ler o Jornal a cada nova edição é tarefa de cada militante, que deve buscar ativamente sua quota o mais rápido possível. Os responsáveis pelas reuniões periódicas devem também levar o Jornal para ser estudado coletivamente nas reuniões e para distribuir para quem ainda não o recebeu.

No caso dos núcleos dos movimentos e da UP, estes devem usar o Jornal em suas reuniões como material de estudo e como forma de apresentação às novas pessoas que chegam a todo instante para se somarem na luta. Esses núcleos podem organizar brigadas por local de atuação (moradia, estudo ou trabalho). Isso formará mais rapidamente novos agitadores políticos e aumentará a inserção do Partido nas massas.

Como desenvolver as brigadas

As brigadas (vendas coletivas do Jornal) proporcionam momentos de aprendizado, desenvolvimento, interação e debate junto à população. Por isso que toda a militância deve se envolver nesta tarefa, considerando as possibilidades e as capacidades de cada um. A falta de dinheiro não deve impedir um militante de atuar nas brigadas: os núcleos podem debater formas coletivas para garantir as passagens e a manutenção (água, lanche, etc.) para todos militantes que desejem participar.

Participar de uma brigada ajuda a vencer o receio de falar em público e ou oferecer o Jornal. Ajuda a quebrar ideias pré-concebidas sobre um “jornal em papel” ou de que isso “é uma tarefa para os jovens”. Entender a importância da tarefa vai fazer com que o conjunto da militância se integre às brigadas periodicamente.

A regularidade e o empenho na participação das brigadas serve também de exemplo para inspirar outros militantes e gera reconhecimento por parte da população, que passa a ver, na prática, que o nosso Partido e os movimentos estão presentes em todos os momentos da vida do povo.

Os locais de brigadas costumam ser fixos, e as brigadas são anunciadas nos canais de comunicação e nas reuniões. Cada brigada tem uma quantidade de jornais que será levada pelo responsável para o ponto de encontro. Os jornais serão, então, distribuídos entre os militantes presentes. Quem estiver fazendo a brigada e ainda não estiver seguro, recebe a ajuda de outro camarada mais experiente, formando uma dupla.

Em geral, a brigada se inicia na hora marcada com a leitura coletiva da manchete, do editorial, seguida de debates e esclarecimentos. Todos precisam folhear o jornal individualmente para lerem as matérias que possam despertar mais interesse para o público daquele local específico onde se realiza a brigada. Caso alguém se atrase e não consiga participar da leitura coletiva, o responsável ou alguém indicado por ele vai garantir a leitura com quem chegar depois. Por isso, não se atrase!

Durante a brigada, os jornais ainda não vendidos são redistribuídos entre os militantes, a fim de que todos vendam a quota daquela brigada. A brigada segue até a venda de todos os jornais pelo conjunto dos militantes.

Se o jornal A Verdade tivesse edições exclusivamente eletrônicas, estaria sujeito ao risco de censura, bloqueio ou banimento por parte das grandes empresas de comunicação, especialmente dos monopólios das plataformas digitais (Instagram, X, etc.). Sendo um jornal impresso, ele permanece vivo, nas ruas, passando de mão e mão, e, assim, não é possível apagar sua existência. Nas brigadas, é comum vermos pessoas carregando seus exemplares, lendo-o, folheando-o. Um trabalhador que compra um jornal em seu intervalo de almoço, volta para seu local de trabalho e mostra o jornal a seus colegas. Isso dá ainda mais sentido a nossa luta revolucionária pelo socialismo.