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domingo, 24 de novembro de 2024

Mesmo com crise econômica bancos lucram R$109 bilhões em 12 meses, afirma Banco Central

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Lucros exorbitantes para os ricos, donos de empresas e bancos, enquanto trabalhadores ainda sofrem com o baixos salários.

Felipe Annunziata


Foto: Vanessa Nicolav/ Brasil de Fato

BRASIL – Parece que a crise econômica só existe para os trabalhadores que receberam um acréscimo de R$42 no salário mínimo para 2020. Nos últimos 12 meses (julho/18 a junho/19), segundo o Banco Central afirmou no último dia 10, os bancos brasileiros lucraram R$109 bilhões de reais, 18,4% a mais do que nos 12 meses anteriores. Esse é um recorde desde a criação do Real em 1994.

Mesmo com o país economicamente estagnado e com mais de 12 milhões de desempregados os bancos continuam batendo recorde de lucros, mostrando que a crise é algo que só serve para cair nas costas dos trabalhadores. Grande parte deste lucro foi alcançado com base em especulações feitas na bolsa de valores, ou seja, compra e venda de ações de empresas e também por meio da dívida pública, que é o dinheiro do orçamento que o Estado destina aos bancos todos os anos e que em 2019 corresponde a quase 40% do orçamento.

Além disso, todo esse lucro foi realizado sem abrir nenhuma vaga de emprego nova. Na verdade é ao contrário. Nesse ano com lucros recordes, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o setor bancário fechou 1.645 postos de trabalho apenas no 1º trimestre de 2019.

Mesmo com toda essa lucratividade, os bancos são os principais defensores das reformas que retiram direitos trabalhistas, como a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, aprovada em 2017. Isto tudo para que mais dinheiro seja guardado pelo Estado para ser destinado ao pagamento da dívida pública. Esses resultados comprovam mais uma vez que os bancos são os maiores beneficiados pela crise e por toda a política econômica dos últimos governos e que é necessário atacar os interesses desse setor para o Estado ter mais dinheiro para investir nos setores realmente fundamentais como saúde e educação.

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