Gabriela Santos
SÃO PAULO – Com a atual pandemia da Covid-19, fica cada vez mais claro que a política de Jair Bolsonaro é de um governo que apenas favorece aos mais ricos. O povo pobre e trabalhador é quem mais está sofrendo diante a situação. Mais de 35 milhões de brasileiros não possuem acesso a água tratada, assim passando por maiores dificuldades de cuidado e enquanto isto, milhares de pessoas morrendo, o fascista Bolsonaro afirma: “Lamento. E daí? Quer que eu faça o que?”.
Em São Paulo, sem o lockdown, o governador João Dória pretende abrir gradativamente os comércios e demais áreas enquanto o estado possui os maiores números de casos do coronavírus, chegando a 156.340 casos confirmados e mais de 9.862 mortes, isto no dia 9 de junho de 2020. As áreas mais afetadas são as periféricas.
Um dos bairros mais afetados pela pandemia na zona leste da cidade de São Paulo é o bairro de Sapopemba, chegando a 245 mortes, segundo dados registrados até o dia 5 de junho de 2020.
Dona Maria Geraldina, de 67 anos e moradora do Lar Nacional, no distrito de Sapopemba, diz que “a liderança política possui frases extravagantes e quem mais está sendo prejudicado neste momento são os idosos. Então, nós precisamos tentar nos cuidar e ficar dentro de casa quando possível”. Também afirma a importância de movimentos sociais para ela: “Tenho minha casa há 29 anos, uma ocupação conquistada por muita luta, pelo movimento sem terra, na época da prefeita na cidade de São Paulo, Luíza Erundina”.
Beatriz Candido Vieira de 19 anos e moradora da Vila Tolstoi, também distrito de Sapopemba, afirma sua indignação diante o governo Bolsonaro na pandemia: “Ele é péssimo, estamos vendo um dos piores governos do Brasil, chega dar raiva. Várias pessoas morrendo e ele fazendo ‘rolezinho’ como se fosse um adolescente, imagina quem perdeu um parente vendo o próprio presidente do seu país com esta postura! Uma falta de respeito total. Estamos sem uma liderança nacional e acredito que só não está pior por causa dos governadores. O Bolsonaro é tão ruim que faz parecer que o Dória é bom. Eu acredito que a economia e a população mais pobre são os mais afetados, porque todo dia vejo alguém perdendo emprego, os pequenos restaurantes fechando, é triste e desgastante.”
