Queops Damasceno
SÃO PAULO (SP) – Com o lema “Chega de sufoco! Por uma Mauá dos trabalhadores!”, a Unidade Popular lançou a candidatura de Amanda Bispo a prefeita da cidade do ABC Paulista, tendo Felipe Galisteo como seu vice. A chapa ainda conta com duas candidaturas à Câmara: Gabriela Torres, coordenadora da Casa de Referência Helenira Preta e militante do Movimento de Mulheres Olga Benario, e Matheus Troilo, coordenador da Ocupação Manoel Aleixo e militante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
“Em Mauá, existem mais pessoas dependendo do auxílio emergencial para viver do que pessoas com carteira assinada. A produção industrial decresce ao mesmo tempo em que os alimentos atingem preços absurdos. O preço da luz, do gás de cozinha e da água já não cabem mais no bolso da maioria da população, e é preciso dar um basta a isso”, defende Amanda.
Em Mauá, a Unidade Popular tem uma larga experiência de luta com as ocupações pelos direitos das mulheres e pelo direito à moradia, com as pessoas da cultura, do teatro, da dança e das batalhas de rap, com professores e educadores populares que constroem cursinhos e EJAs na cidade, com os servidores públicos e os profissionais da saúde que lutam pela valorização e pelo direito do povo a acessar esses serviços. Por isso, a candidatura da UP recebeu importantes apoios do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do Partido Comunista Revolucionário (PCR), além de vários movimentos sociais que atuam na cidade.
Na Capital, Unidade Popular Apoia Boulos e Erundina
Já em São Paulo capital, a UP decidiu priorizar a divulgação do programa do socialismo e do poder popular e fortalecer uma frente antifascista, de esquerda e de defesa dos direitos de quem trabalha. Para tanto, põe força total em uma chapa de vereadores revolucionária. Serão quatro candidaturas, sendo duas mulheres, um homem e uma candidatura coletiva de jovens negros.
A duas companheiras são Lígia Mendes, servidora municipal, e Isis Mustafa, jovem negra da periferia e estudante da Universidade Federal do ABC. A terceira candidatura é a de Lucas Marcelino, professor de Química na rede estadual. A candidatura coletiva é chamada “Frente Negra Antirracista – mandato coletivo contra o racismo, o desemprego e a violência do Estado”, cujos componentes são Dany Oliveira, atriz, estudante da USP e moradora de São Matheus; Jorge Ferreira, advogado, morador de São Matheus e assessor de movimentos sociais; Júlia Soares, assistente administrativa, estudante de Geografia do IFSP e moradora do São Miguel Paulista; Lucas Nascimento, técnico em Computação, graduando em Engenharia na UFABC e morador do Arthur Alvim; Rafaela Carvalho, economista, moradora do Parque São Lucas e doutoranda na USP; e Thayná Carvalho, atriz, produtora cultural e moradora do Brás.
“É necessário atacar de maneira profunda aqueles que se beneficiam da riqueza nacional, tornando o Brasil um dos países mais desiguais do mundo. No plano municipal, é preciso fazer a reforma urbana, realizar uma auditoria da dívida pública do município, fazer os muito ricos pagarem o que devem aos cofres públicos, combater a máfia dos ônibus, municipalizando o transporte público e tornando-o gratuito, implantar uma segurança pública em defesa da vida e valorizar a educação pública, a cultura, a juventude e os direitos das mulheres e da população negra”, afirma Vivian Mendes, presidente estadual da UP.
Para ela, a candidatura de Guilherme Boulos e Erundina tem a capacidade de expressar um programa de verdadeiras transformações em São Paulo. “Erundina reafirma a tradição dos que enfrentaram os representantes da ditadura militar no início da década de 1980, construindo uma administração municipal que combateu os principais inimigos do povo paulistano. Já Guilherme Boulos tem origem nas lutas populares por moradia e compromisso com os lutadores sociais por democracia e justiça social. Sem abrir mão de nossas posições programáticas e com firme compromisso com o povo, podemos chegar ao segundo turno e governar a cidade, construindo uma Prefeitura popular que ponha os recursos públicos para atender aos mais pobres”, defendeu Vivian.
Então, companheirada:
Os tempos são sombrios, nossa classe está sendo reduzida à condição de semi-escrava; o patrimônio público está sendo entregue até para estatais estrangeiras; o governo Bolsonaro-Mourão-Guedes-generais está completando a entrega do que é de todos, iniciada com Collor, interrompida por pouco tempo no governo Itamar Franco e retomada, com toda força, nos governos FHC-DEM-MDB e outros partidos menores.
Além da revogação de direitos sociais e trabalhistas e da entrega do patrimônio público, a soberania nacional está sendo destruída, a integridade territorial agredida, com a entrega da Base de Alcântara e a identidade nacional está sendo perdida.
Lia muito o jornal A VERDADE, que não tenho visto mais nas bancas.
Em 2019 fui até a rua Coração da Europa, mas não tinha ninguém … queria conversar, somar conhecimentos da realidade da nossa classe e da crise estrutural do capitalismo. Aí veio a pandemia …
Conseguir viabilizar o partido foi uma grande vitória, que pode impactar as lutas no médio e longo prazos.
A votação de Amanda Bispo em Mauá atingiu a cláusula de barreira, talvez o maior obstáculo para o UP se solidificar como um partido de classe e de abrangência nacional.
Se possível, enviem um e-mail.
Jhs.