“Com o aumento generalizado do custo de vida no país, falta de estrutura hospitalar, necessidade de cuidados durante a pandemia, privatizações, concessões e especulação financeira anárquica, a população brasileira vive um dos piores momentos da sua história recente, com um agravamento da miséria, fome, morte e desemprego.”
André Molinari
SÃO PAULO (SP) – Pesquisa divulgada na última terça-feira (09/03) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 51% da população enxerga o desemprego como o principal problema do país e 41% apontam que promover a geração de empregos deveria ser a prioridade do governo para este ano. Saúde é a segunda prioridade de acordo com a pesquisa.
No mês de agosto de 2020 dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que cerca de “40 milhões de brasileiros gostariam de trabalhar, mas não encontram trabalho ou deixaram de procurar”, sendo 31% destes pessoas “desocupadas” (12,4 milhões de pessoas) e 69% pessoas que estão fora da força de trabalho, mas gostariam de trabalhar (28 milhões de pessoas).
Durante o ano passado o Brasil teve mais de 2 milhões de trabalhadores e trabalhadoras empurrados ao desemprego devido à falta de políticas públicas durante a pandemia por parte dos governos municipais, estaduais e federal.
Com o aumento generalizado do custo de vida no país, falta de estrutura hospitalar, necessidade de cuidados durante a pandemia, privatizações, concessões e especulação financeira anárquica, a população brasileira vive um dos piores momentos da sua história recente, com um agravamento da miséria, fome, morte e desemprego.
A reivindicação pelo simples, porém tão lógico, direito ao trabalho se torna mais forte e mostra a ineficácia do sistema capitalista. A pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira” – nº 55, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada no dia 09 de março deste ano, entrevistou 2.002 pessoas em 126 municípios diferentes em dezembro de 2020. O objeto central da pesquisa são os “Principais Problemas do País e Prioridades para 2021”.
51% dos entrevistados responderam que o desemprego é o principal problema do país e 41% apontam que promover a geração de empregos deveria ser a prioridade do governo para este ano. Saúde é a segunda prioridade de acordo com a pesquisa. O quadro atual do país demonstra que os Governos atuais não são capazes de dar resposta aos dois principais problemas sentidos pelo povo.
As três prioridades que se sucedem após emprego e saúde são, em ordem decrescente, o combate à corrupção, melhoria na qualidade da educação e o combate à violência e criminalidade (cada entrevistado pode elencar até três prioridades).