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sábado, 19 de abril de 2025

300 mil mortes por Covid no Brasil

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Rafael Freire
Jornalista


Por Felipe Annuziata, Redação Rio de Janeiro

BRASIL – Hoje (24), o Brasil chegou à marca que, desde o início do ano, muitos cientistas previram: 300 mil mortos de Covid-19, segundo os dados das Secretarias de Saúde Estaduais. Desde fevereiro, o coronavírus é a principal causa de mortes diárias no país, já atingindo mais de 3 mil mortos por dia.

No Brasil se pratica um dos maiores crimes contra a Humanidade deste século. Isso tudo à luz do dia. Congresso Nacional, Judiciário, governadores e a grande maioria dos prefeitos têm se colocado como cúmplices do maior genocida que já colocou os pés em solo brasileiro: o fascista Jair Bolsonaro.

O presidente sabota todas as medidas de prevenção à Covid-19, impediu a compra de vacinas para o povo e ainda se alia a neoliberais do Congresso e da mídia para impedir qualquer medida econômica séria para o povo pobre. Por isso, às custas de servidores públicos, como médicos, enfermeiros e professores, foi aprovado um auxílio emergencial de apenas R$ 250 por quatro meses. Enquanto isso, desde o primeiro dia da pandemia, leis, emendas à Constituição e Medidas Provisórias foram aprovadas dando centenas de bilhões de reais aos bancos e capitalistas nas bolsas de valores.

Alto Comando das Forças Armadas se associa a mais um genocídio

Para apoiar seu projeto assassino, Jair Bolsonaro colocou o Ministério da Saúde sob controle de militares da ativa ligados ao Comando do Exército. Não poderia ter escolhido melhor.

O mesmo Exército que foi responsável pelo genocídio de 8 mil indígenas na Ditadura Militar (1964-1985), pela morte de 300 mil paraguaios na Guerra do Paraguai (1865-1870) e mais de 100 mil pessoas durante todo o século XIX, que ousaram se levantar contra a opressão, é quem coordena vários Ministérios e empresas estatais. O agora ex-ministros Pazzuello e seus comparsas no Ministério da Saúde comandaram o morticínio que hoje ocupa os hospitais brasileiros.

Faltam oxigênio, remédios essenciais para o tratamento em UTI e principalmente vacinas em todos os estados brasileiros. A maioria das captais hoje tem 80% ou mais de ocupação de leitos de UTI e enfermaria. Médicos e trabalhadores da saúde têm enfrentado problemas psicológicos decorrentes da carga e condições desumanas de trabalho.

Para tentar atenuar a pressão, o capitão expulso que hoje é presidente nomeou um médico civil, Marcelo Queiroga, para o lugar de Pazzuelo. No entanto, a política continua a mesma. No Ministério todos os outros postos continuam inalterados, com a cúpula loteada entre militares. O próprio Queiroga já afirmou que pretende apenas cumprir as determinações do presidente fascista.

Segundo o cientista Miguel Nicolelis, da Universidade de Duke (EUA), em entrevista ao UOL, na semana passada, a Covid-19 já começa a causar grandes tragédias com bebês recém-nascidos e mulheres grávidas. Segundo o infectologista, o coronavírus afeta a placenta, provocando partos prematuros e levando mães e bebês a superlotarem UTI obstétricas e neonatais.

Única saída para salvar o povo é derrubar Bolsonaro

Diante de tamanha tragédia, Bolsonaro e seus cúmplices agem sem qualquer pudor. Deputados e senadores da direita, que se arvoram serem eleitos pelo povo, nada fazem para enfrentar o presidente genocida, mesmo tendo poder para isso, como na questão de instalar o processo de impeachment.

Nos estados e municípios o povo tem que contar com a sorte. Se o governador ou o prefeito for aliado do presidente, tudo é feito para sabotar as medidas de proteção à Covid-19. Já se os governantes são adversários do presidente, tenta-se tomar algumas medidas para deixar a situação menos pior. Em raríssimos lugares do país foi aplicado o lockdown, a vacinação segue lentamente e pouco foi feito além auxílio emergencial (que foi reduzido, suspenso e pode retornar) para que o povo ficasse em casa. Essas são as únicas medidas capazes de barrar a Covid-19 hoje.

Por isso, que o único caminho possível para acabar com esse morticínio é derrubar esse governo de fascistas. A situação que se coloca é que as elites brasileiras preferem se aliar ao genocida a atender as necessidades do povo. Então não há alternativa, senão a mobilização contra esses criminosos. Bolsonaro e seus comparsas precisam ser presos, julgados e condenados.

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