Pátria não é povo passando fome e trabalhadores sem direitos

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LUTA CONTRA A FOME – Ato do MLB contra a carestia e a fome em São Paulo. (Foto: Jorge Ferreira / Jornal A Verdade)

Enquanto 14 mil famílias são despejadas no Brasil, três filhos do presidente compram mansões em Brasília. Essa é a pátria amada que o fascista, os partidos do Centrão e os generais defendem: 19,1 milhões vivendo na extrema pobreza e 42 bilionários aumentando suas fortunas diariamente.

Luiz Falcão


O genocida, os deputados e senadores do Centrão e os generais fascistas enchem a boca e gritam: “Pátria amada”.

Mas que Pátria é essa que defendem?

Uma pátria com 15 milhões de pessoas desempregadas e 25% da força de trabalho
desalentada, subocupada ou sem emprego.

Uma pátria com o litro da gasolina custando R$ 7,00; o botijão de gás mais de R$ 100 e aumentos constantes na conta de luz e nos preços dos alimentos.

Na pátria do governo fascista, o verde e o amarelo da nossa bandeira são usados para esconder a subserviência aos Estados Unidos e o enriquecimento de uma minoria de exploradores do povo. Vejamos: de março a junho deste ano, um seleto grupo de pessoas – 42 bilionários – aumentaram suas fortunas em R$ 34 bilhões e 1%da população mais rica detém metade de toda a riqueza do Brasil, mostram o relatório da Riqueza Global e a Oxfam.

Do outro lado, 6 em cada 10 famílias brasileiras vivem em insegurança alimentar, o que quer dizer que não têm o que comer todos os dias. Desde que o ex-capitão (expulso do Exército em 1988) assumiu a presidência do país, a pobreza e a miséria não param de crescer.

Hoje, 19,1 milhões de pessoas vivem na extrema pobreza e 61 milhões na pobreza, revela estudo da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pois bem, uma pessoa com fome, mesmo vacinada, tem imunidade baixa e está vulnerável a qualquer vírus.

Não bastasse, 14.301 famílias foram despejadas por não terem dinheiro para pagar o aluguel, estão morando nas ruas como bichos sem dono.

Entretanto, três filhos do presidente da República compraram mansões. Flávio Bolsonaro adquiriu uma luxuosa residência no Lago Sul de Brasília por R$ 6 milhões. Sua nova residência tem quatro suítes, hidromassagem, piscina, pisos revestidos de mármores, academia, spa e espaço gourmet. Já o Jair Renan não quis ficar atrás e se mudou para uma imensa mansão no Lago Sul, avaliada em R$ 3,2 milhões, com 1.200 metros quadrados, dois pisos e quatro suítes. Um terceiro filho, Carlos Bolsonaro, comprou um luxuoso apartamento também em Brasília por R$ 470 mil e pagou à vista. O pai desses riquinhos mora no Palácio da Alvorada, não paga aluguel, faz churrasco com picanha de R$ 1.500 o quilo e passeia nas praias do litoral paulista e de Santa Catarina, tudo à custa dos cofres públicos.

Essas injustiças eles chamam de pátria amada!

Ditadura para defender exploração capitalista

A burguesia, uma minoria de super-ricos que vivem da exploração do trabalhador brasileiro, dos imensos lucros com a exportação do agronegócio e da venda das riquezas do país, diz que ama o Brasil, mas o que adoram é o dinheiro, o lucro acima da vida.

Juraram nos seus meios de comunicação que com as reformas da Previdência e Trabalhista, que retiraram vários direitos dos trabalhadores, a situação iria melhorar, teríamos mais empregos e melhores salários. Mentiram descaradamente! A verdade: nenhum trabalhador consegue mais se aposentar no Brasil e o salário é tão baixo que o preço de uma cesta básica consome mais de 55% do atual salário mínimo. Não bastasse, aprovam outra reforma para retirar mais direitos dos trabalhadores e tornar ainda mais precárias as condições de vida e de trabalho da classe operária.

Na pátria dos fascistas, a Amazônia, maior floresta do mundo, é queimada para virar pasto para os reis do gado ou para as grandes madeireiras roubarem nossas árvores e as mineradoras internacionais, nossos minérios.

Na educação, o fascista quer acabar com as cotas para os negros, os quilombolas e os indígenas, mas defende o privilégio de sua “filhota” entrar no Colégio Militar sem fazer sequer um teste.

Nessa pátria fascista, a indústria nacional é destruída, a ciência abandonada e a cultura incendiada, como evidenciou a cinemateca em São Paulo e o Museu Nacional no Rio de Janeiro.

A soberania nacional dos fascistas é uma ilusão, pois o presidente e seus filhos choram diante da bandeira dos Estados Unidos. A Ford fechou a fábrica no Brasil, demitiu cinco mil operários, deixou milhares de famílias desamparadas e o presidente, em vez de defender os interesses nacionais, declarou que o mercado era soberano.

O banqueiro Paulo Guedes, atual ministro da Economia, aumenta os juros para os donos das empresas de cartões de crédito esfolarem o povo e declara que “não adianta chorar, que não há problema em pagar uma conta de energia mais cara”. É um hipócrita, pois a conta de energia onde mora é paga pelo povo. Ademais, o povo está sem dinheiro para comprar feijão e pagar aluguel, como vai conseguir reservar mais dinheiro para novos reajustes na energia elétrica?

Diante do apagão, a ordem e o progresso que defendem é apagar a luz e acender um candeeiro ou lampião.

Alguns se perguntam como um governo pode ser tão irresponsável e incapaz? O objetivo do fascista (e de sua milícia) é mergulhar a nação no caos para se apresentar como salvador e se tornar o Hitler do Brasil.

Os generais, almirantes e brigadeiros são cúmplices desse genocídio e da destruição da nação brasileira. Só se preocupam com os polpudos salários dos seis mil cargos que ocupam, com as mordomias e as safadezas de Brasília. A essa conivência com a corrupção e com o autoritarismo definem como respeito às quatro linhas da Constituição.

O que é pátria?

Pátria não é massacrar o povo, impor uma ditadura e distribuir ministérios e bilhões do Orçamento para os partidos do Centrão.

Pátria não é roubar os direitos dos trabalhadores e deixar centenas de milhares de pessoas sem vacina para fazer negociatas e cobrar comissões da Covaxin e da Pfizer e superfaturar máscaras e cloroquina.

Pátria não é uma minoria de ricos banqueiros assaltarem os cofres públicos, grandes empresários cobrarem preços abusivos e trabalhadores com salários miseráveis ou desempregados.

Pátria não é reduzir o valor do auxílio emergencial para garantir subsídios e juros para os especuladores.

Pátria é defender o patrimônio público, e não dilapidá-lo, como faz hoje esse governo entreguista com os Correios, a Eletrobrás e a Petrobras.

Pátria é defender o direito dos que trabalham, e não dos exploradores.

Pátria é garantir a sobrevivência dos pobres, e não massacrá-los, jogá-los no desespero.

Pátria é emprego, salário digno, comida, cultura, saúde e educação.

Pátria é toda família ter direito de morar dignamente, e não os filhos do presidente
comprando mansões.

Pátria é vida, e não genocídio, é democracia, e não ditadura.

A Pátria é do povo, e não de uma família que faz rachadinhas e quer vender o Brasil
ao capital privado nacional e estrangeiro.

Pátria é o poder do povo, e não de uma minoria de ricos!