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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Organismos da ONU cobram do Brasil resposta sobre 20 anos de violência policial

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Documento enviado por organismos da ONU em junho pede respostas do Brasil sobre a violência policial. Depois de décadas de luta e denúncias, finalmente organizações internacionais começam a olhar para o país mais atentamente.

Redação Rio


BRASIL – Segundo o portal UOL, diversos órgãos da ONU enviaram uma carta ao governo brasileiro pedindo resposta aos sucessivos massacres e assassinatos realizados pelas forças policiais no país.

A carta de mais de quarenta páginas foi enviada em junho e é assinada pela relatoria da ONU sobre execuções sumárias, pelo Grupo de Trabalho de Especialistas sobre Pessoas de Descendência Africana, pelo Grupo de Trabalho da ONU sobre Desaparecimentos Forçados e pelo Grupo de Trabalho da ONU sobre a Discriminação contra Mulheres.

O documento aponta 69 casos de assassinatos e desaparecimentos forçados ocorridos entre 1999 e 2020. No entanto, segundo a reportagem, os organismos da ONU deixam claro que o Brasil tem na violência policial um problema sistêmico.

Comunidade internacional finalmente começa a prestar atenção no Brasil

Não é novidade a violência policial no Brasil. Todo dia acontece algum tipo de ação ilegal das polícias em território nacional. Invasão de domicílio sem mandado judicial, execuções sumárias, desaparecimentos forçados, agressões físicas são alguns dos crimes diariamente cometidos por policiais nas periferias e favelas brasileiras.

O documento da ONU cita o recorde de mortos em virtude de ações policiais em 2020. Foram 6,4 mil pessoas (17 mortos por dia), o que evidencia o cenário de chacinas constantes nas grandes cidades. Só neste ano, apenas no Rio, duas chacinas ocorridas no Complexo da Penha e no Complexo do Alemão deixaram mais de 40 mortos.

Apesar da luta histórica de mães de vítimas da violência policial, organizações de direitos humanos e movimentos populares, a comunidade internacional nunca olhou com interesse a situação no Brasil. A guerra das polícias com as facções de narcotraficantes e milicianos sempre foi bem vista pelo imperialismo norte-americano na sua ideologia de racismo e de guerra às drogas.

 

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