Com ataques de bandidos fascistas, presidente Lula declara intervenção federal no DF e ministro do STF afasta governador Ibaneis Rocha. Mais de 300 presos após depredação da sede dos três poderes. Governo pede prisão de ex-secretário de segurança fascista.
Da Redação
BRASIL – Na noite deste domingo (8), diante dos ataques de bandidos fascistas, apoiados e financiados por setores do grande capital, o presidente Lula assinou decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes (STF) afastou do cargo de governador o cúmplice Ibaneis Rocha (MDB).
A situação em Brasília ficou tensa após invasão da sede dos três poderes a depredação do patrimônio público. Os autores dos atentados são apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, que fugiu para os EUA no último dia 30.
Segundo Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, mais de 300 pessoas foram presas e 40 ônibus apreendidos após o ataque fascista.
Questionado sobre a omissão dos batalhões do Exército e Marinha, responsáveis pela segurança da Praça dos Três Poderes, Dino afirmou que “os ministros Múcio [Defesa] e Gonçalves Dias [GSI] deverão apurar possíveis omissões”.
Violência e destruição
O dia foi de confronto entre policiais e bandidos fascistas. Até a decretação da intervenção, a PMDF estava ajudando os manifestantes a chegarem à sede do governo.
Para o presidente Lula, a cumplicidade dos policiais foi um dos principais motivos para a decretação da intervenção federal.
Diante disso, a Advocacia Geral da União (AGU) pediu a prisão do então secretário de Segurança do DF, exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). O ex-secretário Anderson Torres, que é ex-ministro de Bolsonaro, está nos EUA. Em dezembro, ele já havia demonstrado simpatia e tolerância à violência dos bolsonaristas, que incendiaram 5 ônibus e tentaram invadir o hotel onde o então presidente eleito estava hospedado.
Repercussão internacional à baderna fascista
Em todo mundo a reação de repúdio a baderna fascista foi unânime. Presidentes de dezenas de países como Venezuela, Cuba, EUA, Argentina, França, entre outros se posicionaram contra os atos e a favor do governo legitimamente eleito.
“Quero expressar meu repúdio ao que está acontecendo em Brasília. Meu apoio incondicional e do povo argentino ao presidente Lula diante dessa tentativa de golpe que vocês estão enfrentando”, afirmou o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, pelo Twitter.
Fascistas devem ser punidos
A intervenção federal no DF precisa ir fundo na identificação e punição não apenas dos participantes diretos na invasão violenta ocorrida em Brasília, mas também dos agentes públicos que facilitaram a ação fascista e dos empresários e políticos que incentivaram e financiaram o mais grave atentado à democracia desde o fim da ditadura militar.
O DNA da família Bolsonaro está marcado nos atos deste domingo. Não há dúvidas de que o ex-presidente é o principal responsável pela violência golpista e deve responder no banco dos réus por todos os crimes que cometeu nos últimos quatro anos.
Em resposta às ações violentas e antidemocráticas deste domingo, partidos de esquerda e movimentos populares convocaram atos em defesa da democracia e contra o golpismo fascista para esta segunda (9) em todas as capitais do país