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quinta-feira, 28 de março de 2024

Polícia militar assassina morador da Cidade de Deus, no RJ

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Em operação na Zona Oeste do Rio, a Polícia Militar assassina a sangue frio mais um trabalhador negro. A vítima deste caso foi Dierson Gomes da Silva, morador da Cidade de Deus que possuía 50 anos e trabalhava como catador de recicláveis.

João Herbella | Rio de Janeiro


BRASIL – Na manhã desta quinta (5), Dierson Gomes da Silva, morador da Cidade de Deus, 50 anos e catador de materiais recicláveis, foi atingido por tiros no quintal de casa enquanto carregava um pedaço de madeira. De acordo com nota divulgada pela Secretaria de Polícia Militar, Dierson “foi morto por conduzir o que aparentava ser um fuzil, pendurado em uma bandoleira”.

Não é a primeira vez que a PMERJ “confunde” itens comuns com fuzis quando estão na mão de trabalhadores, jovens e negros nos bairros pobres. 

PM se recusa a utilizar câmeras nos uniformes dos policiais

Ao mesmo tempo, o governador Cláudio Castro, responsável por 3 das 4 maiores chacinas da história do RJ, recusou-se a utilizar câmeras nos uniformes policiais. 

A mesma medida foi adotada em SP e resultou na redução de 80% da letalidade policial. 

A ação revoltou a família e moradores da Cidade de Deus que realizaram um ato pela tarde. Direcionando gritos de “Assassino” para a frota da PM ainda presente na região. 

Denise, irmã de Dierson, relatou a desumanidade policial para a imprensa : “Meu irmão trabalhava com reciclagem. Era muito conhecido e querido na comunidade. Era uma pessoa do bem que passou a sofrer de depressão depois que perdeu a mulher com problemas de saúde. Meu irmão não era bandido. Foi morto por engano. Porque estava com uma madeira na mão que a polícia confundiu com arma. Nossa família está destruída. A gente quer justiça para o que aconteceu.” 

A verdade é que Castro quer prosseguir com seu projeto assassino e racista de promover mais chacinas do povo pobre fluminense e derramando o sangue de mais trabalhadores como Dierson. É necessário que os trabalhadores tomem o poder do Estado, encerrando esse estado de política contra os negros e periféricos de nosso país.

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