O documentário do cineasta Carlos Pronzato “A Braskem também passou por aqui: a tragédia dos Flexais” será lançado em Maceió no dia 11 de novembro.
Redação Alagoas
BRASIL – Dia 11 de novembro, no Parque da Lagoa – Maceió, será lançado o documentário “A Braskem também passou por aqui: a tragédia dos Flexais”, dirigido pelo cineasta Carlos Pronzato, que também produziu o documentário “Manoel Lisboa – Herói da Resistência à Ditadura”. Pronzato é argentino, mas vive no Brasil há muitos anos e é ainda escritor, poeta, teatrólogo e ativista social.
Este é o segundo filme de Pronzato que denuncia o maior desastre mundial socioambiental urbano, causado pela Braskem, e mostra que o Mapa de Risco, elaborado pela Defesa Civil de Maceió, é constantemente questionado por diversos estudos que apareceram depois de sua elaboração, mostrando que a movimentação do solo, causado pelas obras da Braskem, continua acontecendo.
O documentário trata da rotina da população afetada pelo afundamento dos Flexais e o drama cotidiano vivido pelos moradores da comunidade, como também a sua trajetória de luta por justiça através da busca por amparo legal por meio da Ação Civil Pública proposta pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas e da busca de base técnica e científica com os estudos realizados por vários especialistas que comprovam a necessidade de realocação urgente dessas famílias.
O filme mostra que os moradores dos bairros Flexal de Cima e Flexal de Baixo, também atingidos pelo maior desastre socioambiental de Maceió, ainda não obtiveram soluções justas em torno do caso, pois nem todas as famílias foram retiradas da área e, muito menos, indenizadas, assim como, as soluções propostas em torno da revitalização são totalmente deficientes e insatisfatórias para estas famílias que reivindicam a retirada dessas áreas, com indenizações justas e sua reparação integral com seus anseios e necessidades atendidos, resgatando de forma plena sua a dignidade humana, que foi vilipendiada pela mineradora.
O documentário denuncia que além do afundamento do solo, das rachaduras das casas dos moradores, os efeitos do desastre se manifestam também no ilhamento socioeconômico de comunidades que ficaram depois da migração de mais de 60 mil moradores que se deslocaram da região, do fechamento de mais de 4,5 mil negócios e do desemprego de mais 30 mil trabalhadores, deixando os que ficaram com suas moradias desvalorizadas e os negócios existentes sem clientes e consequentemente falidos.