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domingo, 24 de novembro de 2024

A desigualdade social é uma consequência do sistema capitalista

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Dados do novo relatório da Oxfam sobre a desigualdade no mundo mostram que enquanto a maioria das pessoas estavam sofrendo com a crise da pandemia da Covid-19, bilionários ficaram 34% mais ricos, acumulando um patrimônio de 3,3 trilhões de dólares. 

Brenda Mangabeira | Montes Claros – MG


SOCIEDADE – A partir da exploração da força de trabalho, os 5 homens mais ricos do mundo mais do que dobraram suas riquezas desde 2020, enquanto cinco bilhões de pessoas ficaram mais pobres. Dados do novo relatório da Oxfam sobre a desigualdade no mundo mostram que enquanto a maioria das pessoas estavam sofrendo com a crise da pandemia da Covid-19, esses bilionários estão 34% mais ricos, acumulando um patrimônio de 3,3 trilhões de dólares. 

Nesse ritmo, veremos o primeiro homem trilionário do mundo em 10 anos, em contrapartida, demoraria 230 anos para combater a pobreza no mundo. A verdade é que nosso planeta é rico em recursos naturais, e quem produz tudo na sociedade é a classe trabalhadora. Entretanto, a logica do sistema capitalista é o lucro para os patrões, gerando a concentração de riquezas nas mãos de poucos enquanto a imensa maioria da população passa dificuldades. O filosofo Karl Marx explica esse fenômeno como “a acumulação da riqueza num polo da sociedade é, ao mesmo tempo, a acumulação de miséria, tormento de trabalho, escravidão, ignorância, brutalização e degradação moral no polo oposto, isto é, do lado da classe que produz seu próprio produto como capital”.

Ou seja, para a garantia dos lucros, a burguesia precariza cada vez mais as condições de trabalho, flexibilizando os direitos trabalhistas, diminuindo os salários e ficam cada vez mais ricos a partir da exploração da força de trabalho da classe trabalhadora. Dessa forma, os dados do relatório da Oxfam só comprovam a teoria de Marx em que o capitalismo precisa ser superado, pois, a lógica do sistema é o aumento das desigualdades sociais, assim, quanto maiores as riquezas dos capitalistas, mais pobres serão os trabalhadores. 

Outra consequência do sistema capitalista é a geração de monopólios, ou seja, a concentração das empresas nas mão de um dono, dados do mesmo relatório mostram que 0,1% dos mais ricos do mundo possui 43% de todos os ativos financeiros globais. Portanto, a desigualdade social é uma consequência do sistema capitalista, concentrando poder nas mãos de uma classe em detrimento de outra. Por isso, não podemos ter ilusões com a democracia burguesa, uma vez que os capitalistas também exercem poder sobre o estado. Em todo o mundo, as grandes empresas pressionam o puder público para a privatização dos serviços vitais, como educação, água e saúde, colocando o lucro acima da vida das pessoas. 

Enquanto isso, quem paga os impostos são os mais pobres, visto que no Brasil temos impostos regressivos, ou seja, quem ganha menos, paga mais. Esse estudo da Oxfam supõe que se um imposto progressivo fosse cobrado dos super ricos do mundo poderia geras 1,8 trilhões de reais por ano, o suficiente para acabar com a pobreza no mundo.

Em resumo, toda essa riqueza concentrada nas mão de tão poucos poderia ser investida em mais saúde, educação, e alimentação do nosso povo, assim, fica cada vez mais claro a importância da luta contra um sistema que se sustenta na continuidade do desemprego, da fome e da pobreza para a maioria do povo. Por isso, defendemos uma revolução para por fim a ditadura do lucro e construir a verdadeira democracia da maioria, a sociedade socialista.

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