Julian Assange consegue liberdade após 12 anos de luta

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Após 12 anos de enfrentamento ao imperialismo, o jornalista australiano Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, foi libertado após fechar acordo com a justiça do Reino Unido e dos EUA. Site de Assange foi responsável por expor a rede de espionagem e de crimes contra a humanidade cometido pelo governo dos EUA pelo mundo.

Redação


INTERNACIONAL – Após 7 anos refugiado na Embaixada do Equador em Londres e 5 anos preso numa penitenciária de segurança máxima, o jornalista australiano Julian Assange conseguiu um acordo com o judiciário estadunidense para garantir sua liberdade. Assange foi um dos fundadores do site WikiLeaks e responsável pela divulgação de documentos que provam crimes contra a humanidade e expuseram a rede de espionagem dos EUA pelo mundo.

As revelações de Assange levaram a uma perseguição implacável de três presidentes dos EUA (Obama, Trump e Biden), que mobilizaram os países aliados, principalmente o Reino Unido, para tentar a todo custo prender o jornalista. A ideia do governo estadunidense era conseguir a extradição de Assange e condená-lo por espionagem, o que de acordo com a lei dos EUA poderia levar a pena de morte.

Essa perseguição levou a 12 anos de mobilizações em todo o mundo pela libertação de Julian Assange. Movimentos sociais, organizações internacionais de jornalistas, sindicatos, organizações políticas e muitos governos progressistas do mundo se mobilizaram pela liberdade de Assange e contra os ataques à liberdade de imprensa.

Os ataques dos EUA ao jornalista e ao WikiLeaks mostraram nesse período a hipocrisia da tal “democracia americana” que persegue quem denuncia os crimes contra a humanidade cometido pelas forças imperialistas dos Estados Unidos.

Entre os documentos revelados pelo WikiLeaks está o manual de tortura elaborado pelo Exército dos EUA para torturar prisioneiros na base militar ilegal de Guantánamo, no extremo leste de Cuba. O site fundado por Assange também revelou centenas de milhares de documentos oficiais mostrando os massacres e crimes de guerra cometido pelos Estados Unidos no Iraque e Afeganistão. As revelações mostraram que pelo menos 60% dos mortos na Guerra do Iraque era civis desarmados.

Pelo acordo fechado com o judiciário estadunidense, Assange se dirige agora do Reino Unido para as Ilhas Marianas do Norte, território colonial dos EUA no Oceano Pacífico. Lá, Assange terá que se declarar culpado do crime de “conspiração” e depois poderá seguir em liberdade para a Austrália, seu país natal.

A conquista da libertação de Assange é uma vitória dos movimentos anti-imperialistas de todo o mundo. As revelações do Wikileaks foram fundamentais nas últimas décadas para ampliar a mobilização e a denúncia das guerras imperialistas cometidas pelos EUA.