Projeto de lei que legaliza desvio direto de dinheiro dos impostos para os bancos foi aprovado no Congresso e sancionado pelo presidente Lula.
Enzo Allevato...
A redução dos gastos públicos e a transferência de renda para o sistema financeiro, além de ser um assalto ao povo, coloca uma trava na economia brasileira e impede investimentos na infraestrutura do país, na saúde, na educação, habitação social, geração de emprego e tantos outros.
Proposta orçamentária do governo para 2023 não prevê nenhum corte no pagamento de juros, encargos e amortizações da dívida pública. Ao contrário, serão mais de R$ 2 trilhões destinados aos bancos e especuladores nacionais e internacionais, metade de todas as riquezas produzidas pelos trabalhadores brasileiros.
Apesar de superavitário, INPI sofre sério corte orçamentário para garantir o caixa para pagar os juros da dívida pública e enriquecer banqueiros e especuladores.
Seja através da execução da política monetária e cambial, seja pelo recebimento de lucros e dividendos, ou diretamente pela posse de títulos públicos, o pagamento de juros canaliza a riqueza de toda a sociedade para a elite da classe capitalista.
Há anos, a sociedade brasileira vem sendo chantageada pelo discurso de que “não há dinheiro” para as medidas necessárias ao combate da crise e do desemprego. Entretanto, esse argumento não se sustenta do ponto de vista técnico e é usado politicamente para implementar reformas reacionárias.
Caso o veto não seja derrubado pelo Congresso, todo esse dinheiro, que poderia ser utilizado para mais testes para a população, respiradores, leitos de UTI, para construir outros hospitais de campanha e fornecer cestas básicas para as famílias pobres, será torrado pelo governo no pagamento de juros da dívida pública.
Para Maria Lúcia Fattorelli, da Auditoria Cidadã da Dívida, medida redirecionaria recursos à saúde pública, assistência social e educação, em vez de aos bancos.
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Tal aprovação é, em resumo, a continuação da submissão de todo o trabalho da classe operária brasileira em benefício dos grandes acionistas internacionais.