A gestão de Micarla de Sousa (PV) na prefeitura de Natal foi marcada, desde seu início, por práticas autoritárias, irregularidades e sucateamento criminoso dos serviços públicos. Sua administração conta com elevados índices de rejeição popular. Segundo pesquisa do Instituto Start realizada no mês de março deste ano, Micarla tem a desaprovação de 93,1% da população. Não à toa. O erário público tem sido desviado para interesses privados e para uma campanha fraudulenta de propaganda que somente provoca revolta nos cidadãos natalenses.
Diante da irresponsabilidade e do descaso da prefeitura, várias categorias de servidores públicos deflagraram greve a partir de 29 de março, incluindo funcionários do sistema de saúde, guardas municipais e os professores da rede municipal de ensino.
Os trabalhadores exigem o cumprimento do disposto na lei da Data-Base, assim como a regularização dos planos de carreira. Lutam pela garantia de condições dignas de trabalho, em defesa de um serviço público de qualidade.
Aos professores foi negado o reajuste de 22,22% tal como estabelecido pela lei do piso nacional para a categoria. Tratados com truculência e constantes ameaças pela prefeitura, os professores revoltam-se ante as péssimas condições das escolas, a falta de merenda e fardamento escolar, e atraso no pagamento de direitos básicos como o terço de férias.
O poder judiciário estadual, envolvido em escândalos de corrupção, mostra-se submisso aos desmandos da Prefeita, criminalizando os movimentos de luta dos trabalhadores por suas justas demandas.
No entanto, a greve dos servidores públicos do município de Natal continua e conta com amplo apoio da população. O MLC tem marcado presença nesta conjuntura, com distribuição de panfletos, realização de brigadas e visita às escolas.
Paulo Waldemar
Professor da rede municipal e do MLC