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sábado, 12 de outubro de 2024

Na Bulgária “não há crise”, apenas humilhação social e miséria

Na Bulgária "não há crise", apenas humilhação social e miséria“Na Bulgária não há crise”, garantem os tecnocratas neoliberais de Sófia e Bruxelas. O governo de extrema direita de Borikov, o “Batman”, caiu, o salário mínimo equivale a 75 euros, metade da população está ameaçada de pobreza, um milhão de búlgaros emigraram, o desemprego sobe vertiginosamente.

Dezenas de milhar de búlgaros saíram à rua na segunda-feira, em Sófia e outras cidades do país, como tem acontecido nos últimos tempos, devido à degradação econômica e social de um país, o mais pobre da União Europeia, onde a corrupção alastra através das elites políticas e econômicas.

No entanto, garantem os tecnocratas, “na Bulgária não há crise”. A dívida externa é inferior a 16 por cento do PIB, o défice público é inferior a dois por cento, a economia cresce – apenas 0,5 por cento -, o problema é que “o desemprego aumenta agora muito rapidamente”, afirma um perito da Universidade de Economia de Sófia.

O governo populista de extrema de direita de Boiko Borikov, conhecido por “Batman”, demitiu-se em bloco na sequência dos protestos em todo o país devido às subidas brutais dos preços da eletricidade durante um Inverno rigoroso. Um “governo de tecnocratas” deverá gerir o país até às eleições, antecipadas de Junho para Abril. A população desespera perante as alternativas que se colocam, o regresso do antigo guarda costas e karateka Borisov, ou os socialistas, rendidos à economia neoliberal, como no resto da Europa.

Apesar de “não haver crise”, 49 por cento dos búlgaros estão ameaçados de pobreza, de acordo com o Eurostat. O salário mínimo é 75 euros, o médio é 350, os salários e pensões estão congelados há muito, os preços aumentam. O desemprego está em 12,5 por cento, mas cresce a grande velocidade. Dos pouco mais de sete milhões de búlgaros, um milhão já emigrou. As exportações e os investimentos estrangeiros reduziram-se para um quinto dos valores de 2009, o poder de compra diminui, os únicos investimentos resultam dos fundos comunitários, disfarçando a situação real de recessão.

A situação do país, elogiado por Berlim e Bruxelas porque cumpre de maneira “férrea” a disciplina orçamental, resulta de anos consecutivos imposta à esmagadora maioria da população.

Fonte: BE Internacional

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