UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Unidade Popular conquista 65 mil assinaturas de apoio

Unidade Popular
A Unidade Popular pelo Socialismo (UP), que está recolhendo assinaturas de apoio para obter o registro de partido político no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já coletou, até o fim de setembro, 65 mil assinaturas de apoio.

Ao todo, são necessárias 492 mil assinaturas de eleitores autorizando o funcionamento do partido, conforme exige a legislação eleitoral. “Pelo desejo de mudança e o descrédito dos atuais partidos políticos, estamos confiantes que é possível conseguir”, declarou Leonardo Péricles, dirigente nacional do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e presidente da Executiva Nacional da UP.

Nas fichas devem constar: nome do eleitor e nome da mãe (completos e sem abreviaturas) e a data de nascimento. Depois de preencherem os dados do eleitor, os militantes da UP pedem que a pessoa assine, conforme assinou na última eleição. Com esses dados legíveis, é possível obter o número da inscrição eleitoral no site do TSE (é obrigatório), já que a maioria das pessoas não costuma ter em mãos o título de eleitor.

Os locais de grande circulação são os preferidos da militância para o trabalho de coleta de assinaturas: estações de ônibus e metrô, as grandes praças centrais das maiores cidades, empresas com grandes fluxos de trabalhadores nos horários de entrada e de saída, e porta-a-porta nos bairros populares. “Temos obtido excelentes resultados nas assembleias das ocupações de sem-teto, nas estações de metrô e na porta de empresas de telemarketing”, declaram os militantes.

O discurso é direto e objetivo: “Estamos construindo um novo partido. Precisamos de 500 mil assinaturas autorizando o seu funcionamento. Você pode assinar?”. De uma maneira geral, as pessoas assinam.

Quando é necessário, vai-se mais a fundo, na mesma medida da resistência que é encontrada. “Tudo passa pela política: desde o salário mínimo até os investimentos em saúde e educação. A única maneira que encontramos de defender melhorias para o povo sem nos envolver com políticos em que ninguém mais acredita é fundando um novo partido”. Ou ainda: “As denúncias de corrupção mostram que precisamos de uma alternativa à esquerda”; “Nosso partido defende a redução no valor da conta de luz, aumento dos salários dos trabalhadores, congelamento dos preços das mercadorias e do aluguel. Queremos casas populares para os que não têm casa e reforma agrária para os sem-terra”. São algumas das explicações para motivar o apoio em poucos segundos, durante a abordagem às pessoas que transitam nos locais onde ocorrem as campanhas.

O trabalho é simples e empolgante: os militantes se agrupam em equipes, geralmente de três a sete pessoas, com fichas de apoio, caneta e pranchetas e fazem individualmente a abordagem. Para estimular o trabalho, costumam estabelecer metas para os membros dos grupos, e é comum ocorrerem competições entre os seus membros para saber quem vai coletar mais assinaturas por dia. O uso de recursos visuais como faixas, banners e camisas desperta a curiosidade das pessoas que passam e facilita a abordagem.

Quando perguntados sobre quem está fundando esse partido, assim se definem os militantes da UP: “Somos um partido de trabalhadores, que desejam melhores salários e trabalho decente. De mulheres que lutam contra a violência, a discriminação e o machismo. De jovens que querem mais verbas públicas para a educação, em vez de bilhões para financiar banqueiros e empresários; Queremos emprego de qualidade, casa para o povo e terra para a reforma agrária”.

Empolgados com os resultados obtidos até agora, a executiva nacional provisória pretende chegar até o final do ano com 150 mil assinaturas, conforme resolução divulgada em agosto: “Rumo às 150 mil assinaturas em 2015! Trabalhando incansavelmente com a contribuição militante de cada equipe que saí às ruas, vamos construir uma alternativa de esquerda e socialista, fruto da vontade e do apoio dos próprios trabalhadores”.

Uma brutal e esmagadora luta de classes contra os interesses dos explorados e a favor dos capitalistas se desenvolve em toda a sociedade, em particular, nos espaços políticos institucionais e tem se agravado com a crise. Exemplos não faltam: ajuste fiscal, que aperta os trabalhadores e beneficia os capitalistas; ministérios ocupados por latifundiários, usineiros e empresários; e uma enorme quantidade de deputados aprovando leis que retiram direitos conquistados à duras penas, como PIS, seguro desemprego e aposentadoria.

Aprendemos a defender nossos interesses nas greves, nas ocupações, passeatas e nas lutas em geral. Com a construção da UP, poderemos levar nossa ação para dentro do atual aparelho político do Estado: com nossos próprios representantes vamos estender aos espaços de poder atualmente estabelecidos a luta que nossa classe já trava contra os patrões capitalistas (que fazem do Estado uma mera continuação dos seus negócios, deixando para apenas as migalhas para o povo oprimido). Coletar as assinaturas de apoio à Unidade Popular pelo Socialismo é uma tarefa urgente e fundamental. Vamos trabalhar com dedicação para avançar na construção do socialismo no Brasil!

Thiago Santos, Recife

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes