
Fernanda Freitas, 17, é estudante do Ensino Médio e relata “Não teve outra forma de se comunicar com o governo, tentamos as vias burocráticas, levamos abaixo-assinado com quase 10 mil assinaturas, nós fomos às ruas em vários protestos, mas infelizmente dessa forma não fomos ouvidos. Então a nossa última carta na manga foi a ocupação para proteger a nossa escola.” Assim como os diademenses, estudantes da Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, também ocuparam seu colégio ao amanhecer.
A DESORGANIZAÇÃO
O projeto de reorganização foi anunciada no último mês e contará com o fechamento de ciclos noturnos e quase 100 escolas por todo o Estado de São Paulo, realocando alunos, superlotando turmas e deixando professores, administrativos e terceirizados desempregados. Está claro que essa é mais uma medida de corte nos gastos sociais. É importante ainda observar que a maioria das escolas que cessam suas atividades em 2016 encontram-se nos bairros periféricos, reforçando a política de ataque aos direitos fundamentais do povo trabalhador.
EXEMPLO
A direção do CEFAM já realizou chamadas à Polícia Militar, que esteve presente para acompanhar a ação, mas não pode removê-los do prédio sem liminar da justiça. Os alunos, pais e professores que seguem resistindo e provando o poder popular, fazem um chamado a todas as escolas de São Paulo: OCUPAR, RESISTIR E CONQUISTAR!
Ísis Mustafá, São Paulo