A Anistia, por um lado, libertou uma série de presos políticos no período da ditadura militar fascista, porém ainda não puniu os criminosos.
Pedro Sousa
Foto: Jornal A Verdade
PIAUÍ – Ocorreu, durante a última quinta-feira (12), um debate que abordou a temática da Anistia, construído pelo Comitê Memória, Verdade e Justiça, juntamente ao Diretório Central dos Estudantes e Movimento Correnteza.
No dia 28 de agosto, completou-se 40 anos que a sanção 6.683, a Lei da Anistia, foi assinada pelo então general presidente João Batista Figueiredo, durante tempos da chamada abertura lenta e gradual. A ditadura militar estava a caminho do fim. Cerca de sete mil pessoas viviam exiladas fora do país, e os porões da ditadura ainda mantinham aproximadamente oitocentas vítimas de tortura. A lei que, ao mesmo tempo que libertou presos políticos e trouxe milhares de brasileiros que viviam no exterior, também liberou de julgamento agentes do Estado que torturaram e mataram.
Foto: Jornal A Verdade
Depois de um longo período, com a criação da Comissão da Anistia e a edição de outras leis reparadoras dos direitos das vítimas e perseguidos políticos da ditadura, embora sempre incompletas, hoje os anistiados enfrentam novos desafios e dificuldades, com os retrocessos impostos pelo governo empossado em 2019, liderado por Jair Bolsonaro.