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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Petroleiros seguem em greve contra a venda da Petrobras

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Nesta quinta-feira (13), a greve dos petroleiros completa 13 dias e já é considerada a maior mobilização de toda a história da categoria. Petroleiros de mais cinco plataformas e dois terminais aderiram à greve esta semana, fazendo com que a paralisação já atinja 102 unidades do Sistema Petrobrás, em 13 estados do país.

Paulo Henrique Rodrigues


Foto: Reprodução/FUP

BRASIL – Conforme a Federação Única dos Petroleiros (FUP), estão paralisadas as atividades em 11 refinarias, 48 plataformas, 20 terminais, sete campos terrestres, cinco termelétricas, três Unidades de Tratamento de Gás (UTGs), uma usina de biocombustível, uma fábrica de fertilizantes, uma fábrica de lubrificantes, uma usina de processamento de xisto, um complexo petroquímico e três bases administrativas.

A Comissão de Negociação da FUP continua no Edifício Sede da empresa (EDISE) desde o dia 31/01/20. Em frente ao prédio também continua vigília por parte dos petroleiros do Estado do Rio de Janeiro, como apoio de representantes de diversos movimentos sociais, sindicatos, parlamentares e partidos políticos de esquerda.

Enquanto o movimento dos petroleiros cresce e se fortalece, os elementos mais reacionários tentam sem sucesso dobrar os trabalhadores. Há uma semana (04/02/20), o reacionário ministro Ives Gandra Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou que 90% dos petroleiros sigam trabalhando durante a greve, o que é absolutamente irrealista até mesmo em situação de funcionamento normal da empresa. Mesmo fora de um movimento grevista, é praticamente impossível contar com praticamente 100% dos trabalhadores, afinal, os petroleiros, como qualquer outro tipo de trabalhador, ficam doentes, entram de férias, etc.

A decisão do ministro também estipula multas entre R$ 250 mil e R$ 500 mil aos sindicatos que descumprirem a decisão, dependendo do porte de cada entidade. Gandra também determinou o bloqueio das contas dos sindicatos que participam da greve. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) já entrou na Justiça contra as decisões arbitrárias do ministro do TST.

Nem todas as decisões da Justiça, porém, seguem o figurino arqui reacionário de Ives Gandra. Em 06/02, a desembargadora Maria Helena Motta, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região, negou o mandado de segurança interposto pela empresa pedindo a desocupação do EDISE, decidindo a favor da permanência dos cinco diretores da FUP que integram a Comissão de Negociação e determinando a garantia do fornecimento de energia, água e comida para os mesmos. A Petrobrás também vem buscando “trabalhadores temporários”, os famosos “fura-greves”, entre os aposentados da empresa, tentativa contestada na Justiça pela FUP, que tem recebido informações de que a tentativa da empresa de mobilizar fura-greves não vem obtendo resultados, encontrando revolta entre os aposentados, que se recusam a trair a categoria.

A capacidade de luta dos petroleiros e o crescimento do movimento grevista em todo o país mostram que os trabalhadores não se deixam dobrar pelas medidas punitivas de elementos reacionários da empresa, do governo ou da Justiça. Os trabalhadores brasileiros começaram a se levantar no início de 2020 para porem um fim às políticas de retiradas de direitos trabalhistas e previdenciários, arrocho salarial e entreguismo do patrimônio nacional do abutre Paulo Guedes e do governo do fascista Bolsonaro.

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