“Fundado por Manoel Lisboa de Moura, em maio de 1966, o Partido Comunista Revolucionário veio, historicamente, separar no Brasil, de modo irreversível, os comunistas revolucionários dos revisionistas e oportunistas de ontem e de hoje, de todos os matizes, quer de direita quer de esquerda.” (Estatutos do PCR, Art. 4º)
Foi com este objetivo que um grupo de militantes revolucionários decidiu, mesmo debaixo das mais difíceis condições de clandestinidade impostas pela Ditadura Militar, criar uma nova organização política capaz de sustentar a bandeira da redemocratização do Brasil e da revolução socialista.
Ainda em 1966, o Partido lançou seu primeiro documento programático, a Carta de 12 Pontos aos Comunistas Revolucionários, em que defende a classe operária como vanguarda da revolução socialista brasileira e a ditadura do proletariado.
Naquele momento, o PCR se implantou nas capitais e na zona canavieira dos Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, promovendo diversas ações de massas, como greves e panfletagens nas portas de fábricas, passeatas estudantis.
Em 1968, com o fechamento total do regime, a partir da publicação do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), diversas organizações sofreram uma brutal perseguição. O PCR resistiu bravamente, mas também foi atingido por duros golpes. No dia 22 de agosto de 1971, o experiente líder operário-camponês Amaro Luiz de Carvalho foi executado, dois meses antes de quando sairia da Casa de Detenção do Recife, onde cumpria pena. Entre os anos de 1971 e 1972, outro líder camponês do PCR foi assassinado: Amaro Félix Pereira. E em agosto/setembro de 1973, as forças policiais capturam, torturam e matam três outros destacados dirigentes do Partido: Manoel Lisboa de Moura, Emmanuel Bezerra dos Santos e Manoel Aleixo.
Os assassinatos desses camaradas representaram uma perda imensurável para o Partido. A eles, prestamos todas as nossas homenagens e os condecoramos como heróis do povo brasileiro.
Mesmo assim, o PCR seguiu sua trajetória de luta durante toda a década de 1970. Teve um papel destacado no movimento estudantil, culminando com a reconstrução da UNE, em 1979, e dobrou a ditadura mais uma vez com as ações de massa pela libertação do camarada Cajá, que resistiu bravamente à prisão e às torturas em 1978.
O PCR foi reorganizado em fevereiro de 1995, comprovando a necessidade histórica de existência de uma organização marxista-leninista em nosso país. Desde então, o PCR realizou cinco congressos nacionais.
Seguindo o caminho traçado por Lênin, o Partido fundou, em dezembro de 1999, o jornal A Verdade e, a partir de 2004, passou a integrar a Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas (CIPOML). Em novembro do ano passado, o PCR realizou seu 6º Congresso, atualizando sua análise da realidade nacional e internacional, seu Programa e suas tarefas.
Assim, o Partido Comunista Revolucionário conclama toda sua militância, mesmo diante das condições adversas de luta em meio à pandemia da Covid-19, a celebrar os 54 anos de fundação do PCR escrevendo poemas e canções, pintando quadros, propagando por todos os meios uma bela homenagem aos heróis do PCR e convocando o povo brasileiro para derrubar o governo antipovo do capitão reformado Jair Bolsonaro e seus generais. Onde for possível, também devemos fazer murais e escrever: “Viva Manoel Lisboa! Viva o PCR!”; “Viva o PCR! Viva o socialismo!”; “Abaixo o fascismo! Viva Manoel Lisboa!”.
Da Redação