Rebeca Calgaro tem 22 anos, é estudante de Psicologia Bacharelado e Licenciatura na Universidade Federal de Goiás – UFG e moradora do bairro Água Branca, região leste de Goiânia. Ao longo de sua vida viu e vivenciou diversas situações que escancararam as desigualdades sociais do modelo socioeconômico capitalista e por isso se engajou desde sua adolescência na luta por transformação social, buscando construir, ao lado de outros lutadores e lutadoras, uma sociedade onde haja igualdade de direitos para as mulheres, proteção à infância, valorização da educação e fim dos privilégios sociais.
Sempre foi estudante de escola pública, participou da refundação dos grêmios estudantis do CEPI – Pré Universitário e CEPI – Lyceu de Goiânia. Participou das mobilizações contra o aumento da passagem nos anos de 2013 e 2014, lutou contra o fechamento do Colégio Estadual José Carlos de Almeida em 2015 e participou das ocupações das escolas contra a terceirização e militarização da educação em Goiás, chegando a ser injustamente presa junto com outros camaradas pela força repressiva do Estado.
Logo no inicio de sua militância nas lutas estudantis, ingressou na União da Juventude Rebelião – UJR e participou ativamente da campanha de construção da Unidade Popular – UP, pois compreendia à necessidade de se organizar politicamente, pois assim, poderia melhor contribuir na construção e no desenvolvimento da luta contra as injustiças sociais e por uma sociedade mais humana e justa.
Já na universidade participou das ocupações e manifestações contra o congelamento de 20 anos de investimentos na saúde e educação, contra o projeto Future-se, dos Tsunamis da Educação em 2019 e todo e qualquer tipo de ataque a educação pública gratuita e de qualidade. Participou da reativação do Centro Acadêmico de Psicologia da UFG que exerceu o cargo de Coordenadora Geral no C.A, como também, no Diretório Central dos Estudantes – DCE. Atuou na Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia (CONEP), da comissão de discentes do CRP e faz parte da Coordenação Estadual do Movimento Correnteza e da comissão contra o assédio da UFG.
Quanto sua visão em relação a Psicologia compreende que os psicólogos devem ter compromisso ético político com o seu fazer buscando uma psicologia que promova transformação social e não apenas tentem encaixar indivíduos na dita e imposta “normalidade”. Também se dedicou as pautas das mulheres participando da organização das manifestações do 8 de março, do #EleNão entre outras. Sua visão é que as mulheres devem se organizar coletivamente e lutar por igualdade de direitos no mundo do trabalho com equidade de salários, direito a licença maternidade e paternidade, direitos reprodutivos, lutar contra a violência doméstica, assédio sexual, a cultura do estupro, violência obstétrica e que só uma transformação total da sociedade pode dar fim a opressão contra as mulheres.
Atualmente foi eleita ao Diretório Municipal da Unidade Popular e coordena o Movimento de Mulheres Olga Benario em Goiás que vem desenvolvendo diversas iniciativas na luta pela vida das mulheres, dentre elas, a construção de uma creche comunitária na ocupação urbana em Aparecida de Goiânia. Por fim, se posiciona contra o governo fascista de Bolsonaro que é hoje o principal inimigo das mulheres, da juventude, da educação e de toda classe trabalhadora.