Redação Ceará
Jornal A Verdade
FORTALEZA (CE) – Na manhã de sexta (04), a Unidade Popular (UP) organizou um Ato contra abertura das escolas na capital do Ceará em frente ao Palácio da Abolição (Sede do governo do Estado), reivindicando contra a reabertura das escolas sem que haja vacina. Se somaram a essa luta, o Movimento de Lutas nos Bairros Vilas e Favelas (MLB), Movimento de Mulheres Olga Benario, Movimento Correnteza, Movimento Luta de Classes (MLC), União da Juventude Rebelião (UJR) e o Centro Cearense de Cultura Manoel Lisboa.
O ato tinha como finalidade de pressionar o governador Camilo Santana (PT) que está cedendo às pressões dos donos de escolas privadas que anunciou no dia 28 de agosto, a abertura das escolas com aulas presenciais da educação infantil retornará a partir do 1 de setembro. Mas infelizmente, mais uma vez, o governo estadual recebeu com um aparato repressivo desproporcional para conter dezenas de cidadãos, que apenas estavam usufruindo o seu direito constitucional de livre expressão. A polícia Militar tentou impedir fotos e vídeos do ato indo na contramão da liberdade de expressão.
Apesar do estado do Ceará ainda sofrer com a pandemia da Covid-19, ainda não é o momento de voltarmos às atividades escolares presencialmente é o que alerta a campanha estadual da UP “Volta às aulas sem vacina, é promover chacina!”. A campanha vem sendo realizada em diversos bairros populares, entre os estudantes, nos trabalhadores da educação e nas redes sociais.
A pré-candidata a prefeita de Fortaleza, Paula Colares ressaltou a importância da campanha “Somos a favor da vida, e, sabe-se, que a reabertura das escolas poderá ocasionar uma nova onda de contaminação no nosso estado, como ocorreu na cidade de Manaus onde diversos professores e alunos foram infectados com o vírus, não podemos correr o risco de perder as nossas vidas” afirmou ela.
Mesmo com toda truculência da Polícia Militar foi protocolado um ofício exigindo as reivindicações: retorno presencial apenas com vacina; auxílio financeiro para estudantes enquanto durar a pandemia; reforma das escolas e testagem dos profissionais da educação. Depois da saída na sede do governo, os militantes foram com faixas, cartazes e bandeiras denunciar a abertura das escolas nas ruas, tendo uma grande receptividade da população de Fortaleza.