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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Câmara Muncipal e Orlando Morando são responsáveis pela extinção da Fundação Criança

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EXTINÇÃO – Orlando Morando (PSDB) protagoniza mais um projeto de ataque às instituições em defesa da juventude. (Foto: Reprodução)
Além de extinção da Fundação Criança, Câmara Municipal e Prefeito de São Bernardo do Campo são responsáveis por ataque ao funcionalismo público.
Thais Gasparini

SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP) – Na última quarta-feira (25), foi aprovada na Câmara Municipal duas leis de autoria do Prefeito Orlando Morando (PSDB), que, por sua vez, instituiu uma nova política contrária aos direitos previdenciários do funcionalismo público, e extingue políticas públicas direcionadas à juventude.

Foi apresentado e aprovado o pacote de leis que extingue a Fundação Criança, uma autarquia criada em 1974 para implementar políticas públicas de acolhimento de menores de idade no município.

Desde sua criação, centenas de milhares de crianças e adolescentes tiverem acesso e foram atendidos pela fundação através da realização de palestras, grupos de apoios, cursos de formação histórica, atividades culturais e de desenvolvimento social além da rede de proteção básica e especial.

Além disso, também foi aprovado reajuste na contribuição dos servidores públicos do município, aumentando a alíquota da Previdência de 11% para 14%, entrando em vigor a partir de janeiro de 2021.

Para a aprovação destas duas leis, Orlando alega que a administração deve “primar pela otimização de gastos públicos”.

A Unidade Popular Pelo Socialismo (UP) em São Bernardo se posicionou de forma contrária: “Ora, se esse fosse o real objetivo do prefeito, não seria liberado R$30 milhões para fazer propaganda em período eleitoral, pintando uma cidade que não existe. Enquanto a população carece de moradia, educação e emprego, o político tucano segue retirando direitos e dificultando ainda mais as condições de vida dos trabalhadores da cidade” – O projetou contou com a desaprovação de sete vereadores.

Em apenas dez dias após sua reeleição, a situação em São Bernardo do Campo não seria diferente para a juventude e os servidores públicos.

Na gestão tucana, os principais equipamentos de lazer e cultura da juventude, que atendia boa parte da população, foram extintos: a Casa do Hip-Hop e o CAJUV.

Agora, o espaço da antiga Casa do Hip-Hop serve para sediar a corregedoria da Guarda Civil Municipal e o segundo, para sediar o Centro de Operações Integradas (COI).

A principal obra oferecida para a juventude de São Bernardo é o aumento do aparato militar da Guarda Civil Municipal (GCM) que serve para repreender os jovens nos bairros periféricos ou quando estão fazendo cultura pelas ruas. Além do mais, como já investigado pelo jornal A Verdade, a GCM da cidade está contaminada com subinspetores supremacistas brancos e apologistas do nazismo.

Com os servidores públicos, a mesma coisa: não faz um ano que foi aprovada a Reforma da Previdência Municipal, com truculência e sem qualquer diálogo com a categoria, impedindo com que esses trabalhadores se manifestassem. Neste mesmo dia, foi aprovado também aumento de salário dos vereadores, de R$15 mil para quase R$19 mil reais, contradizendo a redução de custos.

“A prefeitura mais uma vez mostra sua pior face: contra a população da cidade, que se levanta todos os dias e se dedica construindo uma São Bernardo do Campo para todos e todas. De um lado temos ataques aos profissionais atuais do município e de outro, ataques aos futuros trabalhadores. Isso nos mostra que esse governo não se importa com a vida do trabalhador, a submetendo ao lucro dos patrões e a prestação de conta de quem financiam suas campanhas” – Afirmou a Unidade Popular Pelo Socialismo (UP).

A oposição ao prefeito chama movimentos sociais e demais organizações progressistas para barrar os projetos antipopulares da prefeitura: “É preciso organizar um ampla frente com organizações políticas, movimento sociais, coletivos culturais, sindicatos, comissões de direitos humanos que sejam comprometidos com a luta e em defesa dos trabalhadores para dar uma resposta à altura de combate ao fascismo, fazendo greves, manifestações e denúncias para dando um basta da política antipovo da prefeitura de Orlando Morando.”

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