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quinta-feira, 28 de março de 2024

Governo do ex-capitão joga no lixo milhões de testes de Covid

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FASCISTAS – Pazuello e Bolsonaro são responsáveis por 200 mil mortes no Brasil. (Foto: Reprodução)
“Esse é o retrato de um governo que aumentou para 65 anos a idade para o trabalhador se aposentar, excluiu mais de 15 milhões do auxílio emergencial (e vai extinguir o programa no final de dezembro), quer privatizar o SUS, o Banco do Brasil, os Correios e a Eletrobras e, achando pouco todas essas desgraças, quer a volta da censura e da ditadura militar.”
Redação Nacional
Jornal A Verdade

SÃO PAULO (SP) – “Testar, testar e testar” foi a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a propagação do vírus da Covid-19, que já matou mais de 175 mil no país. Mas esta recomendação nunca foi seguida pelo governo militar no Brasil. O presidente sempre fez piadinhas de mau gosto, como chamar esse maldito vírus de “gripezinha” ou dizer que “todo mundo vai morrer mesmo”. Por isso, milhões de brasileiros ficaram sem saber se tinham contraído ou não o vírus e só iam para o hospital quando estavam em estado muito grave. Muitos perderam suas vidas dessa maneira. Passados nove meses da pandemia, não houve nenhuma mudança nessa situação. Quem tem dinheiro ou um plano de saúde caro, assim que começa a sentir os sintomas faz o teste. Quem não tem, isto é, mais de 180 milhões de brasileiros, enfrentam filas para agendar um teste e muitas vezes não consegue.

O Brasil ficou, portanto, estarrecido com a notícia de que sete milhões de testes RT-PCR perderão a validade em dezembro e janeiro de 2021 e serão jogados no lixo. Os testes foram comprados por R$290 milhões pelo Ministério da Saúde e estão estocados num armazém em Guarulhos, como denunciou o jornal O Estado de São Paulo no dia 22 de novembro.

Vale lembrar que Bolsonaro demitiu dois médicos, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, do Ministério da Saúde, antes de nomear o general Pazuello, tido como experiente em logística.

Para esconder esse desprezo pela saúde do povo brasileiro, o Governo Federal quer que a Anvisa prorrogue a data da validade dos testes. Mas especialistas como Mellanie Fontes-Dutra, pós-doutoranda em Bioquímica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirmam que “quando o kit passa do vencimento, as enzimas podem perder sua eficiência e acabar levando a variações no resultado final”.

“E daí?”

Além de jogar testes no lixo, o governo do capitão reformado e dos generais fascistas está sendo investigado pelo Ministério Público e Tribunal de Contas da União por superfaturamento na compra de insumos para a fabricação da cloroquina pelo Comando do Exército do Brasil. A denúncia do MP questiona o crescimento de 84 vezes na produção do medicamento utilizado para o combate à malária, quando o país e o mundo vivem uma pandemia de Covid-19.

Com efeito, Ministérios da Saúde de dezenas de países e até o Food and Drug Administration (FDA), órgão dos EUA equivalente à Anvisa no país, há tempo revoga a autorização para uso emergencial de cloroquina para o tratamento de casos do novo coronavírus. Mesmo assim, o Ministério da Saúde distribuiu 4,3 milhões de comprimidos de 150 mg para todos os estados, mas entulha num armazém os testes de Covid.

Mais Corrupção

Ainda tem mais. Depois do envolvimento de Flávio Bolsonaro no escândalo da rachadinha, o Filho 03 defender a indústria de armas dos EUA, agora é a vez do quarto filho do presidente, Jair Renan Bolsonaro ser envolvido numa tentativa de beneficiar uma empresa a obter contrato com o Governo Federal.

Jair Renan, informa a revista Veja, organizou e participou de uma reunião com o patrocinador de sua empresa privada e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. A reunião ocorreu no dia 13 de novembro, com o filho de Bolsonaro e um grupo de empresários da Gramazini Granitos e Mármores, empresa sediada em Cachoeiro de Itapemirim (ES), e que patrocina a Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, que pertence a Jair Renan. A reunião não constou da agenda oficial do ministro e a empresa apresentou uma proposta de construção de casas populares de pedra. O ministério disse que a presença do filho do presidente ocorreu porque ele estava preocupado em “reduzir custos para a União”. Será?

Esse é o retrato de um governo que aumentou para 65 anos a idade para o trabalhador se aposentar, excluiu mais de 15 milhões do auxílio emergencial (e vai extinguir o programa no final de dezembro), quer privatizar o SUS, o Banco do Brasil, os Correios e a Eletrobras e, achando pouco todas essas desgraças, quer a volta da censura e da ditadura militar. Como disse Mafalda: Basta!

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