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domingo, 24 de novembro de 2024

Governo militar de Bolsonaro é o responsável pelo caos em Manaus

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MORTES – Manaus vive recorde de mortes diárias e governo Bolsonaro não faz nada. (Foto: Reprodução/Michael Dantas)
A pandemia da Covid-19 já matou 210 mil brasileiros e brasileiras.
Redação Nacional

RECIFE (PE) – Vergonhosamente nosso país ocupa o 2º lugar no mundo em número de mortes, atrás apenas dos Estados Unidos. Milhares dessas mortes ocorreram por falta de leitos e de respiradores nos hospitais ou pelo fim do Programa Mais Médicos.

Agora, centenas e centenas de pessoas em Manaus, capital do Amazonas, perdem suas vidas por falta de oxigênio. Sim, oxigênio. Vários hospitais e unidades de pronto-atendimento (UPAs) se transformaram em câmaras de asfixia, onde muitas pessoas agonizam sem conseguirem respirar. O mesmo povo que enterrou seus familiares em covas coletivas, agora sofre com o descaso e o abandono que foram jogados pelo Governo Bolsonaro.

Em relato à BBC News, a psicóloga Thalita Rocha afirmou: “Foi horrível. Não desejo essa situação para ninguém. Foi uma cena catastrófica. Muitos pacientes idosos começaram a passar mal e ficaram roxos”. A médica Gabriela Oliveira, do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), ao ver os pacientes agonizando por falta de oxigênio, chorou e denunciou o caos: “O que eu vivi hoje, nem nos meus piores pesadelos pensei que poderia acontecer. Não ter como assistir paciente, não ter palavras para acalentar um familiar. Isso é uma coisa que vai ficar uma cicatriz eterna nos nossos corações (…). Já não temos mais saúde mental para lidar com a situação que Manaus está enfrentando. Hoje acordamos no nosso pior dia, a falta do oxigênio em algumas instituições nos deixou desesperados. É muito angustiante a gente não ter o que fazer”.

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, exaltado pelo Alto Comando do Exército e pelo ex-capitão Bolsonaro como um gênio da logística, não garantiu o suprimento de oxigênio para os hospitais do Amazonas. Ele e seu chefe gastaram milhões comprando cloroquina, mas não adquiriram cilindros de oxigênio para os pacientes internados com coronavírus respirarem, embora todos os médicos afirmam que esse vírus ataca os pulmões e pode matar por asfixia.

Em dezembro, o ex-capitão disse, entre sorrisos, que a pandemia “estava no finalzinho no Brasil”, embora 18.500 pessoas tenham morrido no país até o dia 29 de dezembro. Mais: há uma semana ocorrem mais de mil mortes por dia no país.

Finalzinho para quem? Para os ricos, os milionários, como ele e seus filhos, que enriqueceram surrupiando dinheiro dos cofres públicos, para os ricos que têm hospitais particulares com todos os equipamentos, respiradores, médicos 24 horas, oxigênio e UTI? Que vivem em suas mansões e não precisam trabalhar para sobreviver?

Para os burgueses, a pandemia apenas assustou. Já para os trabalhadores, aqueles que têm que sair de casa todos os dias para trabalhar, que dependem da rede pública de saúde, que moram em casas sem esgoto e sem água, a Covid-19 tem ceifado vidas e causa dor e desespero. Aliás, mesmo com todo desespero que vemos no Amazonas, o MEC quer obrigar os estudantes a se aglomerarem em ônibus e em salas de aulas para realizar o Enem, sabendo que não haverá sequer oxigênio nos hospitais.

A verdade é que o governo nada fez para evitar essas mortes porque na sua crença medieval o ex-capitão disse que todo mundo no Brasil ia pegar a Covid-19 e nada poderia ser feito. Perguntado sobre as mortes, disse: “E daí?”.

O ex-capitão e seu general fracassado que ocupa o Ministério da Saúde nunca assistiram uma aula numa faculdade de Medicina, mas usurpam o governo para desrespeitar a Organização Mundial da Saúde, os médicos e cientistas do Brasil e do mundo e prescrevem a cloroquina para tratar os contaminados, mesmo estando comprovado que este medicamento para a malária não tem eficácia para a Covid-19 e ainda causa graves efeitos colaterais.

Já para a vacina, que tem eficácia testada, o Governo Bolsonaro se recusou a investir no Butantan e, somente após pressão da opinião pública, decidiu comprar a vacina CoronaVac, desenvolvida por uma indústria chinesa e produzida pelo Butantan. Resultado: mais de 50 países já iniciaram a vacinação e o Brasil não vacinou sequer uma só pessoa. Trata-se, pois, de um governo assassino.

De forma hipócrita, o mesmo que defende as queimadas na Amazônia e os reis do gado, envia três aviões para Manaus para lucrar politicamente com as mortes e o desespero do povo brasileiro. Mais: defendeu a intervenção militar dos EUA na Venezuela, mas agora, cinicamente, pede ao governo de Nicolás Maduro cilindros de oxigênio para socorrer os brasileiros. Este é o desgoverno do ex-capitão.

Não ficarão impunes. O povo brasileiro está vendo todos esses crimes que este Governo Militar está fazendo em nosso Brasil e todos eles pagarão dobrado por todas as atrocidades e traição a nossa pátria.

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