Ao lado de Karl Liebknecht, Clara Zetkin e outros comunistas revolucionários, Rosa Luxemburgo foi uma das fundadoras da Liga Spartacus, que mais tarde viria a se transformar no Partido Comunista da Alemanha.
Por Heron Barroso | Redação Rio
LUTAS E HEROÍNAS DO POVO – Os povos de todo o mundo comemoram hoje os 150 anos do nascimento de Rosa Luxemburgo (1871-1919). A revolucionária polonesa nasceu em 5 de março de 1871, no vilarejo de Zamosc, e, desde cedo, integrou-se à luta da classe trabalhadora pelo socialismo.
Profunda conhecedora da obra de Marx e Engels, Rosa estudou o sistema capitalista e suas contradições, participando ativamente da construção dos partidos socialdemocratas da Polônia e da Alemanha.
Na Alemanha, a “Rosa Vermelha” cumpriu um destacado papel na denúncia à traição de classe dos dirigentes socialdemocratas, que abandonaram a revolução e passaram para o lado dos imperialistas alemães na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Ao lado de Karl Liebknecht, Clara Zetkin e outros comunistas revolucionários, foi uma das fundadoras da Liga Spartacus, que mais tarde viria a se transformar no Partido Comunista da Alemanha, filiado à 3ª Internacional.
Os spartaquistas, como eram conhecidos, promoveram uma ampla campanha contra a guerra imperialista e, por isso, foram perseguidos tanto pelos socialdemocratas quanto pelo governo alemão. A Liga Spartacus também foi fundamental no apoio e na construção da solidariedade internacional à Revolução Russa de 1917.
“Para nós, agora, não existe programa mínimo nem programa máximo; o socialismo é uma única e mesma coisa: o mínimo que temos que realizar hoje”, defendia.
Em 15 de janeiro de 1919, Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram presos e executados. 80 anos depois, uma investigação do governo alemão concluiu que paramilitares haviam recebido ordens e dinheiro dos dirigentes socialdemocratas para matar os dois revolucionários.
Em seu enterro, Clara Zetkin resumiu com essas palavras a vida e a luta de sua companheira: “Em Rosa Luxemburgo, a ideia socialista foi uma paixão dominante e poderosa do coração e do cérebro; uma paixão verdadeiramente criativa que ardia incessantemente. (…) Rosa foi a espada afiada, a chama vivente da revolução”.
Viva os 150 anos de Rosa Luxemburgo! Viva o socialismo!