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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Militares vendem refinaria da Petrobras por metade do preço

PRIVATIZAÇÃO – A refinaria Landulpho Alves (BA) foi a primeira das 8 que Bolsonaro e os militares pretendem privatizar em seu governo. (Foto: Reprodução/Juarez Cavalcanti)
“A venda da Refinaria Landulpho Alves significa menos investimento em saúde, educação e outros direitos sociais. Significa ainda, o desmonte da ciência, das Universidades Públicas, das pesquisas envolvidas com o processo de produção de energia e um profundo ataque à soberania nacional e energética.”
Isabella Alho

SÃO PAULO (SP) – No dia 24 de março foi aprovada a venda da Refinaria Landulpho Alves, localizada na Bahia para o Grupo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes. A venda da unidade de refino foi a primeira de oito colocadas à venda pelo Governo Bolsonaro ainda em 2019.

Segundo estudo do Instituto de Estudos Estratégicos  de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). “De acordo com os parâmetros utilizados, a refinaria localizada na Bahia está avaliada, ao câmbio atual, entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, quando o valor negociado pela estatal com o potencial comprador foi de US$ 1,65 bilhão.”

Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobras indicado pelo Governo Bolsonaro, o primeiro militar a ocupar o cargo desde a ditadura, declarou em entrevista que:

“Hoje é um dia muito feliz para a Petrobras e o Brasil. É o começo do fim de um monopólio numa economia ainda com monopólios em várias atividades. O desinvestimento da Refinaria Landulpho Alves contribui para a melhoria da alocação de capital”

Acontece que a privatização de uma estatal tão importante não tem nada de feliz para o Brasil. A venda da Refinaria Landulpho Alves significa menos investimento em saúde, educação e outros direitos sociais. Significa ainda, o desmonte da ciência, das Universidades Públicas, das pesquisas envolvidas com o processo de produção de energia e um profundo ataque à soberania nacional e energética.

Roberto Castello Branco e os militares que ocupam hoje os cargos públicos, ao contrário do que dizem, não amam o país e não defendem a pátria. Eles roubam, saqueiam, assassinam os brasileiros. Acontece que o Governo Bolsonaro está altamente associado a esses grupos imperialistas que ganham muito dinheiro com as privatizações. 

Para Deyvid Bacelar, coordenador da Federação Única dos Petroleiros, “A refinaria está sendo privatizada em um processo repleto de irregularidades, em meio à pressão do presidente. É mais um crime cometido contra o Brasil, a economia da região Nordeste e da Bahia. Essa refinaria teve e tem um papel central no desenvolvimento do país, do Nordeste e do estado. E, agora, a perspectiva é de se romper com essa trajetória histórica desenvolvimentista da Companhia. Estão tentando ‘passar a boiada’ em meio à pandemia de Covid-19”.

Essa quadrilha que ocupa hoje o poder no nosso país está destruindo-o para encher o bolso de uma minoria muito rica. Defender a Petrobrás do capital internacional é uma tarefa urgente. Pela soberania nacional e popular! Fora militares do poder!

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