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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Brasil entra para o mapa da fome e Bolsonaro aumenta seu salário para R$ 41 mil

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Claudiane Lopes
Jornalista de A Verdade

FOME – Brasileiros enfrentam a fome, o vírus e o desgoverno nos bairros pobres. (Foto: Reprodução)

BRASIL – O país vive uma das suas piores crises econômicas, políticas, sociais e sanitárias, a maioria das famílias brasileiras vive com apenas R$ 375,00 do auxílio emergencial, que foi cortado mais da metade. 14 milhões de trabalhadoras/os estão desempregados e muitos não conseguem nem viver mais de “bicos”. São 442 mil pessoas vítimas do coronavírus e o processo da vacinação anda a passos de tartaruga, isto é, a maior parte da população não tem perspectiva de quando irá se vacinar e os principais atingidos pelo vírus são os trabalhadores e trabalhadoras negras, os que vivem nas grandes favelas e periferias do país.

Enquanto 39 milhões de pessoas passam fome, a maioria das famílias vê a renda despencar e os servidores estão ameaçados pela Reforma Administrativa, o governo genocida de Jair Bolsonaro, em apenas uma canetada, autorizou uma parcela do funcionalismo público a receber mais do que o teto constitucional. 

A Constituição define que a remuneração para cargos públicos, pensões e outras vantagens não podem exceder o salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que hoje está em R$ 39.293,32. A portaria assinada por Bolsonaro, no entanto, cria uma espécie de teto duplo, ou seja, a medida significa que o teto total para essas pessoas passa a ser de R$ 78.586,64 por mês. 

Os membros da “cúpula do presidente” terão o maior aumento salarial

Reprodução.

Hoje, Bolsonaro recebe R$ 30,9 mil pela função de presidente e tem mais R$ 10,7 mil em outros benefícios, mas é feito um corte de R$ 2.300 para que o teto seja obedecido. Com a nova norma, a remuneração bruta do presidente deve passar de R$ 39,3 mil para R$ 41,6 mil, com uma alta de 6%. Já o vice-presidente, Hamilton Mourão, que é general da reserva, terá um aumento de quase 64%. O valor bruto da sua remuneração mensal passa de R$ 39,3 mil para R$ 63,5 mil.

Entre os ministros militares, o maior salto no salário fica com o chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, recebeu aumento de R$ 22,8 mil, totalizando R$ 62 mil por mês. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, deve passar a receber um adicional de R$ 23,8 mil, sendo assim, ele receberá um salário de R$ 63 mil e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, receberá elevação de R$ 17,1 mil, indo a R$ 56,4 mil por mês.

Essa situação só demonstra que o Brasil voltou a ser o país dos marajás, enquanto o povo está morrendo de fome, de bala e de covid-19. Desde o início da pandemia, o governo fascista de Bolsonaro foi incapaz de garantir as condições necessárias para que a maioria da população pudesse ficar em casa. Pelo contrário, negou a pandemia, favoreceu seus amigos banqueiros, enquanto os pobres se aglomeram em transportes públicos lotados reféns de possível contaminação em favorecimento da exploração dos patrões capitalistas.

Não dá mais para aguentar essa situação! 

DESIGUALDADE – Diante da pandemia e do alto desemprego, aumenta o número de trabalhadores em situação de rua. (Foto: Reprodução)

Para organizar a classe trabalhadora e fortalecer a luta, as organizações populares estão convocando o ATO NACIONAL PELO #FORABOLSONARO no dia 29 de maio pela vida da classe trabalhadora, mulheres, o povo negro, as comunidades LGBTQUIA+, indígenas e quilombolas e as pessoas com deficiência. 

É inadmissível que, enquanto tem mulheres, homens e crianças que não sabem se farão uma próxima refeição, o “Chefe da nação” aumente o seu salário, fazendo farra com o dinheiro do povo brasileiro. 

Com um governo mais perigoso que o vírus, a única saída para o povo pobre é ir às ruas para exigir o fim desse governo genocida. 

Povo na rua, dia 29/05 para derrubar Bolsonaro! 

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