Neste sábado (16), é celebrado o Dia Internacional de Apoio às Vítimas da Tortura e 53 anos anos da Passeata dos Cem Mil contra a ditadura militar. Os mesmos lutadores que protestaram em 1968, voltaram às ruas hoje para exigir o fim do governo dos generais do ex-capitão Bolsonaro e de sua política genocida.
Igor Barradas | Redação Rio
MANIFESTAÇÃO – Meio século depois de lutar contra um regime fascista, militantes do movimento Geração de 68 continuam lutando e se organizando nacionalmente, com combatividade, contra os ataques da burguesia sobre a população. Ocupando as ruas no dia de hoje, os manifestantes rememoraram as lutas do passado e reafirmaram as batalhas do presente.
O PCR (Partido Comunista Revolucionário), a UJR (União da Juventude Rebelião) e a UP (Unidade Popular) estiveram presentes na manifestação da Cinelândia, e em todo o Brasil.
‘’Tem que haver uma hora da gente ir pra rua e vencer o medo. A primeira vez que fui pra rua eu estava em Porto Alegre, na luta contra a prisão de Brizola, na Praça da Matriz. Fui na passeata de 68, e hoje estamos aqui hoje, lutando.’’ disse Carmen Goulart, uma das participantes do Movimento Geração 68. Mesmo com todas as restrições impostas pela pandemia, o ato realizado mostra que lutar contra o governo Bolsonaro é urgente e une diversas gerações.
“Abaixo a Ditadura. O Povo no poder“
Pela manhã do dia 26 de junho de 1968, os participantes da passeata tomaram as ruas da Cinelândia, mesmo local em que ocorre a manifestação de hoje. A marcha começou às 14h, com cerca de 50 mil pessoas. Uma hora depois, esse número já havia dobrado.
Tendo à frente enormes faixas, entre elas uma com os dizeres: “Abaixo a Ditadura O Povo no poder”, a passeata continuou, durante três horas, encerrando-se em frente à Assembleia Legislativa. Além dos estudantes, intelectuais, artistas, políticos também juntaram-se à passeata, tornando-a uma das maiores e mais expressivas manifestações populares da história republicana brasileira.
É preciso mobilizar e fortalecer as manifestações que acontecem hoje contra o governo de militares que comanda o país. Apenas a mobilização nas ruas garante o impeachment e a construção de um governo popular.