UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Brigadas Nacionais contribuem para o crescimento do Partido em SP

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Queops Damasceno, militante do PCR

Recentemente, em uma brigada do jornal A Verdade, um trabalhador da cidade de Mauá, no ABC Paulista, pagou R$ 100 por um único exemplar do nosso jornal. Segundo Jady e Faustino, militantes da UJR que realizavam uma agitação contra o Governo Bolsonaro dentro de um ônibus parado no terminal do Centro, o homem recebeu o jornal e entregou uma cédula azul dobrada como se fosse a costumeira cédula de R$ 2,00.

Faustino recebeu normalmente e somente percebeu quando já ia há alguns passos daquele operário comum, negro, nordestino. Os militantes, considerando um possível engano, voltaram para devolver o dinheiro e se surpreenderam. O trabalhador de meia-idade afirmou não haver engano, tratava-se de uma contribuição. “É para ajudar o jornal. Eu conheço vocês, estão sempre aqui. Acho esse trabalho que vocês fazem muito importante”, falou em tom orgulhoso. O ônibus partiu.

Esse não é um caso isolado. Frequentemente são relatados episódios de trabalhadores que contribuem com um valor a mais do que custa um exemplar: 5, 10, 20 reais são pagos por pessoas que admiram a qualidade do nosso jornal. As Brigadas Nacionais, organizadas no segundo sábado de cada mês estão sendo um sucesso. Em junho, somente no Estado de São Paulo, foram vendidos 900 jornais em apenas um dia, com 36 equipes na rua. A meta para julho é ultrapassar mil jornais na brigada que ocorrerá no dia 10.

Seguindo todas as normas de segurança decorrentes da pandemia de Covid-19, nossos militantes se dividem em pequenas equipes de três pessoas e vão aos principais pontos onde circula a classe trabalhadora. Cada equipe, portando álcool 70% e usando máscaras, busca cumprir a meta, decidida coletivamente, de vender pelo menos 30 jornais.

Começam por denunciar a incompetência e a corrupção dos militares e banqueiros que dirigem o Governo Bolsonaro, trazendo as informações da nossa mídia alternativa, não veiculadas pelos grandes conglomerados de comunicação da burguesia. Defendem os interesses dos trabalhadores que não puderam fazer quarentena, que estão aglomerados nos metrôs e ônibus superlotados, sem auxílio emergencial, desempregados, sem vacinas e com fome, buscando apenas sobreviver.

A resposta de grande parte dos trabalhadores é imediata: muitos passam o contato, adquirem o seu exemplar, contribuem financeiramente e, por vezes até se filiam à Unidade Popular. Quando algum facistoide, saudoso da Ditadura Militar, tenta provocar nossos agitadores, o próprio povo parte em defesa do jornal e, em pouco tempo, o “valentão” se encontra só, diminuído e desmoralizado.

Além de levantar a autoestima do nosso povo, em geral massacrado e humilhado pelos patrões, pela polícia e pelo governo, os próprios militantes também saem mais fortalecidos dessas atividades. A confiança em si e em seu Partido aumenta, as ideias da revolução e do socialismo são difundidas e a sensação, ao fim do dia, é de que mais um passo foi dado para que as massas populares se organizem e lutem por melhores condições de vida.

O resultado é tão positivo que o Partido Comunista Revolucionário verificou um grande crescimento no número de militantes em suas fileiras nesses últimos dois anos de realização das brigadas. Essas atividades de agitação estão sendo avaliadas como um dos principais motivos deste crescimento.

Mas, é claro, não são só as brigadas. Realizando uma avaliação mais profunda, verificamos outros fatores que correspondem a esse crescimento. Por exemplo, o aumento considerável da realização de cursos sobre filosofia, economia política, socialismo científico e outras atividades de formação têm permitido uma estabilidade na militância dos recém-ingressos.

A coesão da direção do Partido, a diminuição da concorrência e, por conseguinte, o aumento da cooperação entre os militantes comunistas que atuam nessa região tem sido um outro elemento fundamental. E, por último, mas não menos importante, o aumento da quantidade de lutas que estamos realizando com os movimentos sindical, de mulheres, de bairro e de juventude. Com tempo e dedicação, todos esses fatores vão promovendo um amadurecimento das ideias revolucionárias e uma maior apreensão da teoria marxista-leninista por parte de toda a militância.

Com uma ousada política de agitação e propaganda e uma justa política de recrutamento e organização em nossos coletivos, verificaremos crescimentos exponenciais no próximo período em que se avizinham grandes lutas econômicas e políticas em nosso país. As lutas para derrubar o governo da fome e da miséria de Bolsonaro, as greves, ocupações e passeatas contra a pobreza, o desmonte da educação e saúde públicas, a repressão policial e a exploração financeira dos povos da América Latina pelos países imperialistas, são portas cada vez mais escancaradas para o crescimento e o desenvolvimento do nosso Partido, que tem um compromisso verdadeiro com a conquista revolucionária do poder e a construção do socialismo.

“Consciência e luta pela liberdade! Leia e divulgue o jornal A Verdade!”

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