Uns diriam que ela está adormecida
Outros dizem que nunca conseguirá
Mas em seu seio a magia está acontecendo
Escondida, em progresso constante
Ali dentro se produz
O poderoso fruto vermelho
Advindo da fome, da vontade, da seca
De casca firme
De carne profunda
Tanto tempo dedicado
Ao fim dessa dor cruel
Mulher teu corpo é a obra da Revolução
Mulher tua pele sangra pela Liberdade
Mulher tua alma é mudança
Seja como for, sem você, o processo será em vão
Em cada uma de nós
Há uma resposta
E do teu ventre, eu tenho certeza
Sairão corpos livres,
Que não viverão
Mais nenhuma agonia
Diovana Nogueira Marino
Rio de Janeiro