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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

A miséria e a exploração capitalista adoece os trabalhadores

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CAPITALISMO. O capitalismo adoece a mente dos trabalhadores. Foto: reprodução

Viver não é uma tarefa fácil, ainda mais em um mundo que uma minoria possui privilégios, já outros, lutam pelo direito de sobreviver. Eventualmente surgem questionamentos sobre o porquê da nossa existência, e por que as coisas são como são.  A miséria é o fator principal na aparição desses pensamentos, afinal, é muito mais difícil encarar a vida quando não se tem o básico.

Maria Eduarda Piliçari

RIO DE JANEIRO – Desde o momento em que começamos a nos entender como pessoas, na infância, vende-se uma ideia de que para alcançar um futuro próspero e “ser alguém na vida” é necessária a dedicação ao trabalho.

Muito se diz sobre “esquecer o passado” e “focar no presente”. Entretanto, na sociedade capitalista, o presente é totalmente dedicado a um futuro idealizado. E esse futuro nunca chega. O trabalho não existe para um bem coletivo, mas sim, para enriquecer uma minoria de empresários. Quando as pessoas se dão conta disso, gera frustração. 

O sucesso que tanto dizem é feito apenas para 1% das pessoas. Para “chegar lá”, essas pessoas não tiveram que se esforçar. O sucesso deles através exploraram a mão-de-obra dos trabalhadores, além de terem crescido em meio a privilégios

A classe trabalhadora, além de passar a vida engolindo esse discurso, luta para sobreviver, e não há tempo para descansar e cuidar de si. Há falta de informação, de segurança e a carência de acesso a recursos básicos, entre eles, a saúde mental. 

A tática da burguesia é fazer com que os mais pobres vivam suas vidas para o trabalho, e trabalhem até a morte. Por isso, desgasta as pessoas para sustentar um sistema que só beneficia os mais ricos, iludindo o resto da população com promessas de crescimento e prosperidade. Segundo eles, a felicidade só chegará com esforço e trabalho árduo.

Propriedade privada gera sofrimento mental

O cansaço físico, a exaustão e a decepção de não conseguir alcançar a vida almejada adoece o povo, gera apatia perante a vida, e muitos não resistem ao descontentamento. Encarar a vida em meio a tanta exploração, dificuldades e abate ao trabalhador é mais um agravante no surgimento de doenças como a depressão.

Por isso, é essencial que os trabalhadores, estudantes e jovens tenham acesso à educação de qualidade, saneamento básico, atendimento médico e alimentação de qualidade e gratuitos. Para a classe burguesa, estas coisas não são essenciais, pois não atende aos seus próprios interesses de crescimento e aos seus luxos. Isso torna ainda mais a luta política e atitudes revolucionárias altamente necessárias. 

A revolução será feita por todos aqueles que têm a sua existência desvalorizada e sua autoestima massacrada pelo sistema. O combate à opressão vem da ação coletiva em busca de uma economia, educação, saúde, e um mundo igualitário a serviço da maioria da população.

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