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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Movimentos sociais fazem manifestação contra aumento de passagem de trens do RJ

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Manifestação ocorreu na Estação terminal da Central do Brasil, no centro do Rio. Foto: JAV/Rio

A empresa Supervia, homologou no início de 2022 o aumento da passagem de trens do RJ de R$5 para R$7.  De acordo com a corporação, no dia 2 de fevereiro a nova tarifa entrará em vigor.


Igor Barradas | Redação Rio

LUTA POPULAR – Nesta terça (25), centenas de manifestantes, junto a partidos políticos de esquerda e movimentos sociais organizaram uma massiva manifestação contra o aumento das passagens de trem no Rio de Janeiro. 

Esse aumento proposto é de 40% em relação ao preço da passagem anterior. Reivindicando que os trabalhadores não sejam submetidos a esse absurdo, o ato reuniu diversos usuários de trem revoltados com as condições deste transporte público. Uma das pautas foi também a denúncia do aumento da passagem das barcas, que pretendem subir para o valor de R $7,70. 

No ato, diversas organizações tomaram parte, como a Unidade Popular (UP), União da Juventude Rebelião (UJR) e Movimento de Lula nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). A convocação e organização se deu através do Movimento Contra o Aumento da Passagem.

Serviço dos trens só piora e empresários querem aumentar a tarifa

Segundo a empresa SuperVia, por culpa da pandemia, a empresa acumulou um prejuízo em milhões. A verdade é que isso é somente uma desculpa para colocar o lucro acima da vida e aumentar a miséria dos pobres. Com o aumento da passagem do trem, a crise é colocada toda nas costas do usuário. 

Durante a manifestação, a Supervia encerrou suas atividades de forma repentina. O choque entrou dentro da Estação, reprimindo os usuários com gás de borracha. “Dentro da Central começou um tumulto muito grande. Simplesmente, a Supervia suspendeu todos os ramais. A empresa alega que foi um problema técnico na rede área.  Na verdade, foi por falta de manutenção. Constantemente, os trens e os ramais param de circular e quem paga a conta é o trabalhador.” relatou Vinícius Benevides, camelo e militante da Unidade Popular.

Os usuários também denunciaram que o trem o serviço do trem é de péssima qualidade. Além de ocorrerem acidentes constantes, os trabalhadores ficam por vezes horas na estação esperando um trem chegar.

Falta segurança em diversas linhas. A companhia também reduziu os trens durante a pandemia, que se encontram completamente lotados em quase todos os dias da semana.

Passagem a R$7 ameaça a mobilidade no RJ e a vida do povo

Os trens da Supervia transportam mais de um milhão de pessoas todos os dias, além de atender 12 municípios da região metropolitana. O trem é o único meio de deslocamento de diversos moradores e trabalhadores.

O aumento da passagem para R$7 exclui a população mais pobre de ter acesso a esse meio de transporte essencial. Os desempregados e trabalhadores informais são os mais atingidos com essa covardia que servirá apenas para aumentar os lucros dos grandes ricos.

A Constituição Federal Brasileira estabelece, em seu artigo sexto, que o transporte como direito social deve ser provido pelo Estado. Este artigo não passa de uma ilusão dentro do capitalismo. Cada vez mais vemos que o transporte público é um privilégio. Apenas com a estatização de todos os transportes públicos e um controle popular sobre a economia os moradores do Rio de Janeiro terão acesso a mobilidade urbana.

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