Após receberem a notícia da suspensão dos dois maiores ramais da Zona Oeste do Rio, centenas de passageiros promoveram protesto na estação de Deodoro, na manhã desta segunda-feira (28). População denuncia os péssimos serviços prestados pela SuperVia e o valor abusivo da passagem.
Igor Barradas | Redação Rio
RIO DE JANEIRO – Na manhã desta segunda-feira (28), centenas de passageiros da SuperVia realizaram uma manifestação em Deodoro, na Zona Oeste do Rio, contra as péssimas condições dos serviços prestados pela empresa.
À imprensa, a SuperVia disse que a operação dos trens nos ramais Santa Cruz e Japeri, na extensão Paracambi, seria suspensa devido ao “acesso irregular dos clientes na linha férrea” e que, “em função de manifestação na via nas proximidades da estação Deodoro, encontra-se temporariamente suspensa a circulação de trens para os ramais Japeri e Santa Cruz”.
Porém, na realidade, a circulação dos trens nesses ramais já estava suspensa antes da manifestação. Os constantes atrasos, a superlotação e a tarifa abusiva cobrada pela concessionária foram os motivos da revolta que estourou mais cedo.
De fato, são comuns denúncias e reclamações da população contra a SuperVia. Apesar de um lucro líquido de 28 milhões no último ano, a empresa não para de pressionar por um novo aumento da passagem, que hoje custa R% 5,00.
É preciso dar à população trabalhadora do Rio de Janeiro, que pega trem todos os dias, condições dignas de transporte. Está provado que a privatização dos trens e do metrô apenas encarece o serviço, precariza o transporte público e drena recursos públicos para as concessionárias privadas.
A solução está na retomada do controle público de todo o sistema de transporte da região metropolitana e numa gestão transparente e eficiente, o que só é possível sem a presença do capital privado controlando a operação.