UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quarta-feira, 8 de maio de 2024

A luta contra o assédio e contra a violência à mulher

Foto: Redação MG

Movimento de Mulheres Olga Benario – Viçosa/MG

CAMPANHA CONTRA O ASSÉDIO EM VIÇOSA/MG

Mediante denúncias realizadas por alunas da Universidade Federal de Viçosa (UFV), campus Viçosa, em setembro de 2021, o núcleo do Movimento de Mulheres Olga Benario da cidade buscou desenvolver uma campanha contra o assédio, como forma de conscientização, divulgação dos meios de denúncia e também de construir um caminho de luta contra esse tipo de violência!

Algumas questões a respeito do ocorrido: o assediador era um aluno; os casos aconteceram por vários meses,com diversas alunas edurante o ensino remoto; as estudantes não sabiam como identificar o assédio, até o momento em que compartilharam umas com as outras e entenderam a violência que estava ocorrendo; a Universidade nada fez de efetivo para enfrentar essa situação.

Depois de entender o que se passava, produzimos materiais e organizamos uma palestra com os/as alunos/as da turma em que ocorreram os casos para debatermos sobre o tema. Para além disso, foi organizado um formulário anônimo com o objetivo de levantar algumas informações sobre a incidência do assédio na UFV.

COMO BUSCAR AJUDA?

Busque uma rede de apoio de pessoas de confiança que possam ajudar a identificar e orientar na denúncia. Reúna provas e denuncie! No meio universitário, procure o Centro Acadêmico do curso, Coordenação Acadêmica, Ouvidoria ou Coletivos Feministas. Em sua cidade, busque a Delegacia da Mulher. DISQUE 180, Central de Atendimento à Mulher ou DISQUE 100, em caso de crimes contra crianças e adolescentes.

SÓ A LUTA MUDA A VIDA!

Nós do Movimento de Mulheres Olga Benario entendemos que o assédio e outras violências não são pontuais, mas constituem parte de um sistema que se constrói sobre a nossa opressão e exploração, o sistema capitalista. E que esse sistema se apropria além do patriarcado, também do racismo para se sustentar, e violenta ainda mais as mulheres pobres, pretas e indígenas. Nesse sentido, o único caminho para conseguirmos transformações sociais reais é estarmos organizadas e constantemente em luta rumo à construção de uma sociedade socialista.

Encontramos, ao buscar ajudaem Viçosa, inúmeros limites institucionais, reforçando os ciclos de violência, que revitimizam mulheres e nos deixam desacreditadas e sem apoio. Seja pela ausência das políticas de enfrentamento à violência, seja pelos profissionais nada capacitados dos poucos serviços que existem.

Mas convidamos a todas as mulheres a dizerem um basta e a lutar com a gente pelas nossas vidas! Lutamos contra o assédio e contra toda e qualquer violência!Lutamos pelas nossas vidas, pelo poder popular e pelo socialismo!Lutamos pelo bom, pelo justo e pelo melhor do mundo!

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