Ontem (25), Jonatan Ribeiro da Silva, 18 anos, foi assassinado a tiros enquanto descansava sentado na calçada de uma das ruas do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Redação Rio
RIO DE JANEIRO – Na noite desta segunda (25), um morador da favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi morto a tiros pela PMERJ. Jonatan Ribeiro da Silva, 18 anos, foi assassinado enquanto descansava sentado na calçada da rua. Não havia operação policial nem troca de tiros quando o jovem levou os tiros.
Após ser executado, a polícia fugiu do local. Os próprios moradores o socorreram, levando-o para a Unidade de Pronto Atendimento de Manguinhos, na mesma região. Jhonatan não resistiu. Horas depois, a população realizou uma manifestação em repúdio a morte do jovem, paralisando a Avenida Dom Hélder Câmara, uma das principais vias do subúrbio do Rio.
“Meu filho foi executado dentro da comunidade do Jacarezinho, sem dever nada à polícia. Eu quero saber porque mataram meu filho, se ele não é traficante? E não socorreram meu filho, não deram a ele o direito de sobreviver. Ainda saíram correndo do local” denunciou Monique Ribeiro dos Santos, mãe de Jonatan, à imprensa.
Estado policial mata pobres
A política de criminalização da pobreza é implementada há anos pelo Estado burguês brasileiro. Em maio do ano passado, o Jacarezinho, mesmo bairro em que Jonatan foi assassinado, se tornou palco de uma das mais brutais chacinas praticadas pela polícia no estado fluminense.
A invasão do aparato policial na favela resultou em pelo menos 29 pessoas mortas a tiros ou com objetos de corte, se tornando mundialmente conhecida como “Chacina do Jacarezinho”.
Por que razão os jovens das periferias são mortos por tiros, somente por existirem, enquanto os jovens dos bairros nobres da cidade vivem com conforto? Quantos Jonatans continuaram morrendo enquanto a polícia for um instrumento de dominação dos ricos contra os pobres? .
muito revoltante isso! descanse jonatan