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sábado, 27 de julho de 2024

Governo anuncia novo aumento no preço do gás natural

SEM DINHEIRO. Custo de vida tem ficado insuportável para maioria do povo (Foto: Jorge Ferreira/JAV)

Aumento de 19% atinge principalmente as famílias trabalhadoras, que dia após dia estão sendo obrigadas a ter que escolher entre pagar a conta de gás ou colocar comida na mesa.

Heron Barroso | Redação Rio


BRASIL – A semana começou com mais um aumento no preço do gás natural. Desta vez, o reajuste foi de 19% e foi o presente de 1º de Maio dado pelo governo Bolsonaro aos trabalhadores brasileiros.

Esse novo aumento é consequência da impossível política de preços praticada pela Petrobrás, que expõe o país às flutuações do preço do petróleo no mercado internacional, à taxa de câmbio (valorização do dólar) e à inflação.

Dessa forma, se por algum motivo político (guerras, boicote econômico, etc.) ou natural (frio acima da média na Europa ou nos Estados Unidos, por exemplo) o preço do petróleo sobe, quem paga a conta somos nós.

O resultado inevitável dessa política é o aumento de famílias pobres que trocaram o gás de cozinha pela lenha ou o álcool. “Muitas famílias aposentaram o fogão de vez, pois não têm condições de comprar um botijão que já custa mais de R$ 100. Isso é quase metade da renda delas”, explica Juliete Pantoja, coordenadora do MLB no Rio de Janeiro. Segundo ela, desde que a Petrobras atrelou seus preços ao mercado a vida da população mais carente piorou muito. “As pessoas estão ficando sem opção: ou compram gás ou comida”, afirma.

Nos últimos 12 meses, o etanol subiu 62,23%, a gasolina 47,49% e o diesel 46,04%, sem falar do botijão de gás, que ficou 36,99% mais caro no último ano. Esses aumentos afetam toda a cadeia produtiva, com impacto direto na inflação.

Em 2021, a inflação no Brasil foi de 10,06%, segundo o IBGE, bem acima do objetivo fixado pelo Banco Central de 3,75%. Essa é a maior taxa desde 2015, e não para de subir mês a mês. Em fevereiro, a cesta básica registrou aumento em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Dessa forma, enquanto a economia brasileira estiver submissa aos interesses do mercado e dos lucros das grandes empresas, maior será a desigualdade que separa ricos e pobres e pior serão as condições de vida de milhões de trabalhadores.

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