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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Professores e estudantes convocam ato contra a perseguição da diretora em Diadema 

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Professores e estudantes da rede estadual são perseguidos por diretora na Escola Estadual Sylvia Ramos Esquível em Diadema (SP) e se mobilizam contra os assédios sofridos e o risco de perderem seus empregos.

Redação São Paulo


DIADEMA. Sob ameaças de exoneração e extinção de contrato, professores da rede estadual em Diadema (SP) receiam perder seus empregos. Alguns membros da comunidade escolar da Escola Estadual Sylvia Ramos Esquível relatam sofrer perseguições e constantes assédios e ameaças da diretora da escola, Aline Mangile.

No último mês, a diretora pediu a extinção contratual de uma professora por ela ter participado de atividades do sindicato que visam a melhoria das condições de trabalho dos professores. A diretora também responsabilizou a professora pela entrada de estudantes de outras escolas que queriam transmitir um recado importante aos seus colegas a respeito das eleições do grêmio.

Durante as eleições do grêmio, à mando da diretora, 3 adolescentes foram levados da E.E. Sylvia Ramos por 3 viaturas da polícia. Representantes do sindicato que chegaram ao local para iniciar um diálogo, também foram expulsos pela polícia.

Após a mobilização do sindicato, apoiadores e estudantes, em conversa realizada entre os representantes do sindicato e a Diretoria de Ensino de Diadema, ficou acordado que o processo de extinção do contrato se encerraria. Porém, o acordo foi descumprido e o processo de extinção contratual seguiu. 

Alguns outros professores estão ainda sob ameaças da diretora. Os professores afastados ainda estão sem substituto e os estudantes estão sem as aulas necessárias.

A atuação da diretora não tem respaldo em lei e prejudica os estudantes e professores. A Constituição Federal de 1988 assegura a liberdade de pensamento e de expressão (Art. 5º, incisos IV, VIII e IX) e de ensino (Art. 206, incisos II e III). 

O Supremo Tribunal Federal (STF) já julgou inconstitucional a Lei da Mordaça, que coibia professores e estudantes de exercerem a democracia nos espaços escolares e fora deles. 

Uma carta em defesa desses professores foi escrita e circula nas redes sociais recebendo assinaturas de apoiadores. Também foi organizado um ato em frente a Escola Sylvia Ramos Esquível às 16 horas da próxima quinta-feira, dia 26 de maio, reivindicando o fim do assédio pela direção da escola e a permanência dos professores. 

Os professores, estudantes e movimentos pedem a colaboração com a causa, convocam todas e todos para o ato do dia 26 e se disponibilizam para serem ouvidos.

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