Em convenção partidária realizada no dia 24 de julho, em Natal, Unidade Popular lança os nomes de Leonardo Péricles e Samara Martins
Indira Xavier e Carla Castro
A Unidade Popular (UP) realizou sua Convenção Nacional no último domingo, 24 de julho, no Sesc Cidade Alta, em Natal (RN). A atividade foi dividida em duas partes. Na primeira, foram apresentadas as candidaturas a deputado estadual, federal, senador e governador que o partido lançará em todo o país. Já na segunda parte, o nome de Leonardo Péricles foi aclamado como candidato à Presidência da República, momento em que foi apresentado o nome de Samara Martins como candidata à vice-presidente, chapa que se representa a luta antirracista, antifascista e anticapitalista.
Samara, no papel de anfitriã da atividade, falou em nome do Diretório Estadual da UP no Rio Grande do Norte. Saudou com alegria o fato de o Estado receber esse evento grandioso. “Enquanto os outros partidos políticos fazem suas convenções no Sul e Sudeste e olham para o Nordeste só para se aproveitar e aparecer de quatro em quatro anos, para pedir o voto do povo, nosso partido escolheu a terra de revolucionários potiguares, como Djalma Maranhão, Emmanuel Bezerra, Anatália de Souza e José Praxedes”.
Edival Nunes Cajá, saudou os presentes pelo Comitê Central do Partido Comunista Revolucionário (PCR), afirmando que, em Natal, o povo tomou o poder em 1935. “Foram quatro dias em que o povo governou e, em tão pouco tempo, erradicaram a fome, a miséria, o desemprego”, afirmou. Em sua fala também destacou o exemplo de Emmanuel Bezerra, filho de pescadores, que, desde muito cedo, saiu de São Bento para estudar em Natal, onde se tornou líder estudantil e lutou contra a ditadura militar.
O clima político da Convenção foi resumido por Leo em sua intervenção: “Somos o único partido que vem denunciando que o país tem um golpe em curso. Como defensores das liberdades democráticas, convocamos o povo a dar início a uma nova jornada de atividades de rua, pois, no nosso entendimento, somente o povo na rua é capaz de barrar o plano de Bolsonaro e dos seus comparsas generais. Nesse sentido, apontamos a necessidade de tomar em ruas, em unidade com diversos setores da esquerda e dos movimentos populares no dia 6 de agosto e no dia 11 de agosto, junto com os estudantes, em defesa da educação. Assim, podemos acumular forças para construir um grandioso ato no dia 7 de setembro e garantir que todos os trabalhadores brasileiros possam escolher democraticamente quem vai presidir o Brasil nos próximos quatro anos e barrar o golpe que está em curso”.